segunda-feira, 10 de maio de 2010
Aventura 8: O Cerco a Bayeux, Ano 488
Ano de 488. Na manhã de primavera, nas planícies britânicas, próximas a Saurum a rotina do Clã dos Stanpid começa cedo. No enorme descampado cercado por muros de pedra romanos, uma centena de cavalos são levados para o pasto. Com o arco no ombro e montado, o sexto filho desta casa, Enrick Stanpid, pastoreia as perfeitas montarias, a gerações sendo cruzadas para serem os melhores animais de Logres. Ao fundo uma grande casa com paredes retangulares cinzas e um grande telhado de palha é o lar dos criadores de cavalo. Existem, três grandes estrebarias dispostas em formato de U no lado oposto e no centro delas um círculo para ensinar os cavalos a trotarem e para domá-los.
O pai de Enrick vem caminhando da casa acompanhado por um Cavaleiro de cavanhaque branco e cabelo longo da mesma cor. Ele só usa a parte de baixo da armadura e em cima veste uma camisa de algodão sem mangas. Vem coçando a barriga, espreguiçando-se e bocejando.
Sir Amig: “Só mesmo você Stanpid pra me tirar da cama a essa hora da manhã.”
Gondrik Stanpid, um homem de meia idade forte como um touro, de barba castanha e cabelo curto no estilo romano, usando botas com esporas, calças de montaria e loriga de couro fala: “Enrick! Meu filho, venha até aqui!”
“Este é Sir Amig. Um herói de Logres. Um grande homem e...”
Sir Amig: “Chega meu velho amigo, pare de me puxar o saco. Como vai guri? Precisamos conversar. Stanpid, nos deixa em paz por uns minutos. Já voltamos. Vamos até a área de treinar cavalos.”
Sir Amig: “Me diga uma coisa guri! Você gosta dessa vida aqui no aras?”
Enrick: “É meio cansativo e chato.”
Sir Amig: “Já vi que sabe cavalgar muito bem, mas sabe manejar armas?”
Enrick: “Sei usar o arco para caçar lebres e raposas. E uso o meu martelo para ajustar ferraduras. Mas nunca o usei como arma.”
Então os dois chegam ao círculo de areia com cerca de madeira onde um capataz está com um potro de um ano. O animal está preso por uma correia longa segurada pelo capataz. Ele salta um pouco. Depois sacode a cabeça e corcoveia.
Sir Amig: “Seu pai disse que você é meio arredio, guri?”
Enrick: “Não sei meu senhor!”
Sir Amig: “Na verdade estou aqui a pedido de seu Pai. Ele é um grande amigo e vim até aqui para ajudá-lo. Almoçarei aqui. Você é o sexto filho de uma família grande e bem sabe de que precisa ganhar a vida de alguma maneira. Não gosto de rodeios, com o perdão do trocadilho, mas depois do almoço arrume as suas coisas, se despeça de sua família. Você irá comigo. Em breve descobriremos quais são os seus talentos. Seja forte meu filho. Está na hora de se tornar homem guri!”
O Cavalo dá alguns coices. Tenta fugir, mas o capataz o segura fazendo trotar em círculo. Então o homem se aproxima e sobe no animal colocando o arreio em sua boca. Ele corcoveia, corre e dá coices relinchando. Então, o capataz puxa os arreios, dá alguns gritos com o animal. E depois dá alguns tapas de leve agradando o cavalo. Fazendo “Chiiiii” o cavalo vai se acalmando até que fica manso. O capataz sorri satisfeito.
Sir Amig: “Está vendo esses dois aí guri? Eu sou o capataz e você será o potro. Estamos conversados? Vamos então!”
Então depois do almoço com os poucos pertences que tem. Com toda a sua família na frente da casa. Sir Amig veste a parte de cima da armadura e sobe em sua montaria. Seu escudeiro está logo atrás com seu cavalo de carga.
Stanpid: “Filho! Seja forte. Você leva um grande sobrenome. Não somos nobres mas temos honra em vez de ouro. Temos nossa família em vez de prata e temos lealdade em vez de terras e temos a coragem em vez de diamantes. Leve isso em seu coração. Este aqui é meu anel que pertenceu a seu avô. (Anel de ouro com um cavalo empinado com enfeites celtas) já que você é o primeiro Stanpid a deixar nosso aras. Aqui está também um saco com 3 libras em moedas. E tenho mais uma surpresa pra você. Tragam Hefesto.”
Hefesto é um cavalo com a musculatura perfeita, imponente, vem trotando com vigor. Ele tem cor preta com uma listra branca na cara e na sua calda a pelagem negra e branca se misturam. Ele bate o casco.
Gondrik Stanpid se aproxima do animal e fala baixinho: “Cuide dele por mim meu amigo!”
O cavalo passa a cabeça nele.
O pai de Enrick com lágrimas nos olhos, emocionado com a partida do filho diz: “Este é a minha melhor criação para o meu filho mais aventureiro. Um dia você vai entender Enrick e entrará por aquele portão de cabeça erguida. Agora, parta, saia daqui e não olhe para trás. Vá pra vida garoto!”
A mãe chora e alguns irmãos também. Enrick olha para as terras onde cresceu, olha os cavalos, a casa, sua família, os cachorros de caça. Sente o cheiro de mato e da estrebaria e parte trotando ao lado de Sir Amig. Algo dizia que não veria aquele lugar por um bom tempo.
Faz um ano após os eventos ocorridos no dia de Beltane e o casamento de Sir Algar, agora com 21 anos. Sir Algar e Lady Adwen estão felizes vivendo em suas terras. O ferimento que Sir Algar levou nas costas pela gladius de um dos Guardiões de Samael ainda está lá. Nunca fecha e sempre incomoda. Em algumas noites o herói ainda acorda coberto de suor assustado com sonhando com as Erínias.
Em Logres só se fala em uma coisa, o desaparecimento de Sir Edgar. Depois da cerimônia de união em Stonehenge entre Sir Algar e Lady Adwen o cavaleiro romano não retornou as suas terras. O lugar sem o senhor está abandonado. Sir Algar algumas vezes vai até lá dar ordem aos servos, mas os campos não foram cultivados adequadamente e nem colhidos. Muitos grãos e frutas estão ainda no pé apodrecendo e os animais estão magros e mal tratados. A grama e o mato cresceram e a grande casa está fechada.
É depois do almoço e Sir Algar está sentado em seu trono no grande salão de banquetes fumando. Trovão e martelo estão deitados próximo aos seus pés. Lady Adwen está tecendo em uma roca à sua frente.
Lady Adwen: “Algar, estou tecendo essa bainha para levar sua lança em batalha. Ela leva as runas de Avalon que ganhamos de Melion ano passado e você poderá levar um pouco de cada pensamento que estou colocando em cada ponto da costura. Elas lhe darão sorte e não te deixarás esquecer de mim. Meu senhor, o que teria acontecido à Sir Edgar? Há um ano que não o vemos? Suas terras estão abandonadas e Lady Gwiona e sua família estão desmoralizados pelo acontecido.”
Sir Algar só lamenta e não comenta com a sua mulher as experiências terríveis que tiveram no mundo subterrâneo. Então o serviçal da grande casa, Björk entra no salão: “Meu senhor, temos visita, Sir Dylan, Sir Amig e um rapaz estão aguardando para entrar.” Os cachorros levantam as orelhas e ficam olhando para a porta principal. Depois começam a latir quando a visita entra.
Sir Algar: “Mande-os entrar!”
Sir Amig: “Ah, fiquem quietos seus vira-latas sarnentos. (Os cachorros ficam quietos e deitam novamente intimidados com as orelhas para baixo). Você rapaz, espere aqui. (Enrick fica parado na porta). Como vai Sir Algar? Lady Adwen? Belo feudo garoto. Hum, gostei daqueles barris de hidromel.”
Sir Algar: “Muito prático, não?”
Sir Amig: “Temos que conversar, me sirva um caneco dessa bebida. (Ele já vai tirando o peitoral da armadura ficando só com uma camisa sem mangas brancas e sentando, dá um pequeno arroto) Desculpe Lady. Algar você parece um dragão cuspindo fumaça.”
Sir Dylan: “Como vai meu amigo, obrigado pela hospitalidade! Viemos tratar de dois assuntos. Primeiro deixe me apresentar Enrick Stanpid. Seu pai, Gondrik, é um grande criador de cavalos. Gostaria que com a sua permissão ele pudesse ajudar o seu escudeiro, já que ano que vêem você vai liberá-lo. Enrick já começou seu treinamento com armas para fazer a segurança das terras de seu pai. Atira com arco e não sabemos ainda com que arma vai lutar. Ele precisa ser lapidado. ”
Sir Amig: “O Pai do garoto é um homem honesto e um grande amigo já que treina meus cavalos desde que vocês usavam fraldas. Ele quer que o garoto aprenda os modos da corte e disciplina e que aprenda a lutar para se sustentar já que não são nobres. Precisa de experiência em batalha. O rapaz é inquieto e apesar de manejar os cavalos, treiná-los e tratá-los com habilidade seu pai acha melhor que ele se torne um guerreiro pois é um pouco arredio e rebelde a rotina do aras. Não é guri? Se fosse meu filho já lhe esquentava a bunda com umas boas palmadas. Dylan com três anos joguei na neve do lado de fora e só o deixei entrar novamente em casa na manhã seguinte para aprender quem mandava. Se aproxime e se apresente rapaz.”
Enrick muito tímido e assustado é convidado a se sentar e tomar hidromel.
Sir Dylan: “O segundo assunto meu amigo é mais delicado. Tenho uma carta enviada pelo Príncipe Madoc e assinada pelo Rei Uther. Sabendo do desaparecimento de Sir Edgar, o Príncipe ficou preocupado. Mandou procurarem o nosso amigo por toda Logres. Espero que consigamos achá-lo. Uma campanha nas Terras dos Francos parece ser inevitável e me parece que ele não cumprirá as suas obrigações com o rei. Não teremos a Sanctu Gladius a serviço de Logres dessa vez. Dizem que Duque Gorlois, da Cornualha, vai fazer o mesmo. Alega que homens do rei andaram em suas fronteiras matando seus homens. Em Mearcred Creek já tinha feito o mesmo, mas com outra desculpa. Quanto a questão do casamento do romano, já que a família Smith está sofrendo desonra com a recusa do acordo e a autoridade do Conde está sendo questionada, já que foi Roderick que intermediou a proposta de união e sendo Gwiona a segunda aia da Condessa Ellen, que a toma quase como filha. Seria uma desfeita enorme com todos se não realizasse a vontade do rei, sendo que Sir Edgar teve a chance de recusar a proposta antes de assinar os papéis. O que acha dessa história?”
Sir Algar: “Acredito que nosso amigo irá resolver essa situação da melhor forma. Não se preocupem!”
Sir Amig: “Isso mesmo rapaz! Eu avisei que Gwiona era pé frio, mas espero que isso se resolva. Você sabe! Eu já quis fugir do altar uma dezena de vezes, só me acalmei quando o Rei me mandou casar com a mãe de Dylan, que deus a tenha, uma boa mulher. Que era muito bonita e gostosa.”
Sir Dylan: “Pai, por favor! Vou fingir que não ouvi essa blasfêmia. Enfim Sir Algar, Gwiona está reclusa no claustro da Catedral de Santa Maria. Chora dia e noite e não entende o que aconteceu.”
Sir Amig: “Nos reuniremos em dois dias no castelo do Conde Roderick em Sarum, espero você lá Sir Algar. Se puder leve o guri para aprender alguma coisa. Se comporte hein garoto, você já sabe o apelido de Sir Algar e não é porque ele é caridoso e bonzinho que o chamam assim.”
E pai e filho deixam o feudo ao entardecer.
Então Sir Algar e Enrick descem a área de treinamento militar. Primeiro Sir Algar dá uma espada para o garoto. Ele ataca um alvo de madeira e palha no formato de um homem e ao atingi-lo, Enrick sem técnica nenhuma, deixa a arma escapar de suas mãos quase atingindo Sir Algar. Então o garoto tenta atacar com o martelo que usa para cuidar de seus cavalos. O primeiro golpe só passa perto do alvo devido ao peso da cabeça da ferramenta. O segundo esmigalha a cabeça de madeira do modelo. Sir Algar acha bom. Depois os dois vão aos estandes de arco e Enrick atira. Antes Sir Algar pede para seus homens próximos saírem de perto para não serem atingidos. Então o garoto atira e acerta no alvo com destreza. Os soldados da milícia acham muito bom. Sir Algar fica satisfeito.
Depois de dois dias Sir Algar, Enrick e Hervis seu escudeiro partem para a cidade de Sarum e se aproximam pelo portão Leste. Sir Algar usa sua armadura cara e Enrick sua loriga de couro. Partiram pela manhã e estão chegando ao anoitecer. Virando a curva da estrada principal as grandes muralhas da cidade se erguem dando pra ver as torres da grande construção. Enrick fica fascinado com a visão de uma cidade. Ali na entrada principal dezenas de mercadores e pessoas comuns entram e saem pelo arco antes do portão ser fechado. Guardas posicionados um de cada lado da passagem verificam quem pode passar pela ponte levadiça que cobre o fosso profundo.
Os guardas lhes prestam reverência e liberam passando-os na frente do povo comum. A maioria dos habitantes presta reverência a Algar. Alguns muito devotos do cristianismo fazem o sinal da cruz. Ele escutam comentários sobre Hefesto, o imponente e belo cavalo de Enrick. No interior da cidade em cima de um monte, o castelo se levanta imponente com suas torres e paredes de pedra sólida. A esquerda eles podem ver a Catedral de Santa Maria e do outro lado o grande mercado da águia. Chegando ao castelo subindo a colina e passando a ponte levadiça. dois guardas se colocam cada um de um lado da porta de carvalho.
Ao identificar Sir Algar o chefe da guarda é chamado. Ele os recebem e pedem que o siga.
Guarda: “Bom dia Sir Algar! Quem é o escudeiro que lhe acompanha? O senhor entrará na sala do conselho com ele?”
Sir Algar: “Sim, é meu escudeiro e está comigo! Algum problema?”
Guarda: “Não senhor!”
As grandes portas são abertas e Sir Algar e Enrick entram no salão principal do castelo. O lugar é decorado com tapeçarias com temas dos combates de Logres. Representações de torneios, imagens do Conde Roderick enfrentando os saxões e seu brasão de armas com listas douradas e azuis horizontais estão na parede oposta a entrada. O lugar tem pouca mobília e somente uma grande cadeira toda trabalhada ocupa o lugar mais elevado iluminado por tochas. Apesar da luz que entra pelas grandes janelas superiores e vitrais trabalhados. O Conde Roderick está sentado usando uma fina armadura, usando anéis com pedras preciosas e um crucifixo de prata em seu pescoço por cima de seu brasão. Com ar sério e preocupado ele saúda Sir Algar. Com quarenta e poucos anos algumas pequenas cicatrizes no rosto, cabelo curto estilo romano e ar heroico ele é um homem imponente. No grande salão de Sarum os cavaleiros do Conde Roderick estão em sessão convocados para aconselhá-lo. Os aprendizes estão sentado ao fundo do salão próximo à porta. Todos estão sentados à mesa comprida de madeira de carvalho. Frutas, vinho, cerveja e hidromel são servidos. Os que Sir Algar conhece são Sir Bag, Sir Jakin, Sir Elad, seus primos, Sir Dalan e Sir Elein. Também estão presentes Sir Dylan, Sir Amig, Sir Lucyus, Sir John Smith, Príncipe Madoc e o Almirante Gwenwynwyn. Outros estão ali mas Algar só os conhece de vista de outras campanhas. Quando entram o tilintar das armaduras e a conversa está alta. Muitos os cumprimentam com satisfação. Enrick fascinado hipnotizado com aquilo tudo se aproxima de uma tapeçaria e a toca. A peça despenca do alto da parede. Metade do salão o olha com reprovação. Sir Elad repreende o garoto. Mas Sir Algar o salva na última hora. Então os homens são convocados a sentar e Sir Algar leva Enrick para sentar ao seu lado. Muito nobres cochicham indignados e com olhares de reprovação parecem descontentes. Mas ninguém ousa desafiar a autoridade do Demônio do Norte.
Conde Roderick: “Atenção homens! Silêncio!”
Príncipe Madoc entra por uma porta ao lado do trono do Conde: “Em triunfo pela campanha bem sucedida ano passado, pretendo empreender uma nova força tarefa de ataque ao continente cruzando o canal até a terra dos francos e sitiando a cidade de Bayeux. O objetivo é ajudar o grande amigo de nossa majestade, o pretor Syarius, que veio pedir assistência com a promessa de dividir a metade do tesouro do rei inimigo, Claudas dos Francos, com o Rei Uther, meu pai.”
Sir Lucyus um cavaleiro simples e obediente mas com opiniões próprias diz: “Devo dizer que atacar os francos me preocupa. Eles não são tolos e o Rei Claudas nunca perdeu uma batalha. E se o ataque fizer os Francos nos invadirem como os Saxões?”
Sir Amig: “Amigos de muitas batalhas, é maravilhoso que possamos ajudar o pretor Syagrius, e por deus a causa é muito justa e é a vontade do rei! Se é difícil e perigoso estou pronto. Não borremos nossas calças para um bando de maricas.”
O grandalhão simpático Sir Bag diz: “Se tudo correr bem será um ano de grandes saques. Trarei muitos presentes pra minha mãe reclamona.”
O Conde Roderick pensativo lhes pergunta: “O que acha deste ataque, Sir Algar?”
Sir Algar: "Um dos pilares do verdadeiro cavaleiro é a lealdade. Se um amigo passa por problemas, devemos fazer o que está a nosso alcance para ajuda-lo"
Conde Roderick: “Apesar dos hábitos excêntricos gosto de suas opiniões Sir Algar! Comunicarei a vontade de todos ao Rei Uther. Preparem-se para partir em dez dias. Próxima parada, Terra dos Francos!”
Príncipe Madoc: “Nobres, agora gostaria de anunciar-lhes. Meu pai, sabendo de seus grandes feitos em seu nome, decidiu recompensar Sir Algar diante de nossos nobres para que todos saibam.”
“Conversando com os Cavaleiros de Logres alguns me procuraram e foram liberados das obrigações que tinham com Conde Roderick, que de bom grado cedeu a Sir Algar a vassalagem desses bravos homens. Dentre eles o seu escudeiro e de Sir Edgar, que já se tornarão cavaleiros e também tomarão parte deste grupo. Que me perdoem os padres. Demônio do Norte, eu em nome do Rei Uther o ordeno fundador de uma nova ordem. Aproxime-se e ajoelhe-se. (Então Sir Algar se aproxima e fica no centro do salão. Todos em silêncio observam enquanto o Príncipe o consagra com sua espada).
“Sir Algar se levante e saque sua arma para consagrar estes nobres e corajosos homens. Sir Dylan, Sir Bag, Sir Elein, Sir Dalan, Sir Jakin, Sir Berethor e Sir Hervis aproximem-se e ajoelhem-se (Eles se ajoelham à frente de Algar e o seu machado é colocado sobe suas cabeças). Tendo o Rei Uther como nosso comandante supremo, eu Madoc como patrono e Sir Amig como mentor, lhes concedo o comando da ordem fundada neste dia sobe a glória da velha e da nova religião, uma ordem forjada em aço e sangue, em lealdade, força e honra. Para a proteção do rei e da Britânia. Levantem-se homens, integrantes da Ordem dos Cavaleiros da Cruz de Martelo, que o dever nunca lhes falte já que a coragem é de sobra.”
O Príncipe abraça Sir Algar e retira a sua espada da bainha e todos cruzam no alto as suas armas. Então Madoc diz: “Lealdade, força e honra!” Os presentes aplaudem satisfeitos.
Conde Roderick: “Antes de terminarmos gostaria de dizer algo aos senhores. Como sabem nos reuniremos no porto Hantonne novamente. Mas antes de nos encontrarmos com as tropas do príncipe Madoc vocês tem um trabalho a fazer nos pântanos. Sir Algar o nosso bom Rei Uther o autorizou a pacificar a vila do mangue que os atacaram ano passado. É a primeira missão da Ordem dos Cavaleiros da Cruz de Martelo. Vocês com seus exércitos particulares e com seus Cavaleiros dirijam-se ao local onde os canibais vivem e resolvam a situação. Lembrem-se que são perigosos e tenham cuidado. Quando partirem para Hantonne dispensem seus soldados pois só queremos os Cavaleiros, escudeiros e aprendizes em nossas linhas. Iremos transportar muitos soldados e precisamos o contingente de todos os nobres para proteger a ilha.”
Na saída do grande salão depois da audiência os Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo se reúnem com Sir Amig todo entusiasmado e dizendo a todos que é o mentor da Ordem.
Sir Amig: “Primeiro temos que pensar como chegar a vila! Aquele Pântano fedorento pode ser nosso pior inimigo outra vez!”
Então Sir Algar faz os preparativos para o combate. O herói reúne uma força com cento e cinquenta homens mais os cavaleiros da ordem e marcham até o Sul seguindo o rio. Eles montam um acampamento na fronteira do pântano. Como batedores, ainda de dia, Enrick e Sir Algar adentram o mangue. Enrick consegue achar o rastro de ossos, pegadas humanas e galhos quebrados. Sir Algar foi marcando as árvores e deixando pistas para que pudessem rapidamente sair dali. Infelizmente os dois começam a andar em círculo. No meio do dia eles tropeçam em um cipó em meio a lama e disparam uma armadilha. Um grande tronco é disparado com velocidade e vem na direção de Enrick e Sir Algar. No corpo do tronco foi colocado várias estacas pontiagudas, Enrick se abaixa acompanhando o movimento do artefato mortal e escapa. Sir Algar é atingido no peito e arremessado dez metros para trás. Felizmente a cara armadura absorve o dano amassando. Somente um hematoma na altura do peito é infligido ao cavaleiro.
Perdidos, logo anoitece e eles encontram dois sentinelas. Homens selvagens usando apenas tangas de pele de enguia, cabelos crespos longo e barbas negras, pele morena, sujos de lodo, com enfeites de ossos perfurando seus narizes e bocas. Armados com tridentes e lanças primitivas de madeira atacam. Os dois combatem com os dois homens do Pântano. Sir Algar rapidamente neutraliza seu oponente. Enrick luta com o seu martelo, o homem o fere com um tridente no ombro. O garoto se assusta mas golpeia o crânio do homem rachando-o e espalhando sangue e miolos em suas mãos. Ao longe eles vêem as tochas iluminando a vila de palafitas. Então, os dois retornam ao acampamento. Os homens estavam ansiosos e preocupados com a demora. Em uma reunião rápida eles decidem realizar um ataque surpresa a vila. Usando as marcas deixadas anteriormente no caminho por Sir Algar os cento e cinquenta homens caminham no terreno difícil e lamacento. O lugar cheira a podridão. Enrick fica com os arqueiros logo atrás. À frente deles a milícia marcha. E na vanguarda os Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelos caminham empunhando os seus escudos e armas. Duas tochas os guiam na escuridão. Eles se aproximam silenciosamente. Poucos nativos andam por entre as cabanas. Uma fogueira no centro do lugar é acesa.
O ataque começa com Enrick lançando uma flecha acertando a maior palafita. A que Sir Algar e Edgar estiveram capturados no ano passado. Ela começa a pegar fogo. Isto alerta os habitantes e os guerreiros do pântano são chamados. Os arqueiros atiram ajudando os Cavaleiros que invadem o centro da vila. A milícia também se envolve nos combates. Sir Algar ataca com o machado degolando o inimigo que ao mesmo tempo leva uma flechada no lado esquerdo do peito disparada por Enrick e morre. No final da primeira hora de luta Sir Jakin e Sir Berethor atacam um homem do pântano. O segundo, inexperiente, é atingido no ombro esquerdo. Três pontas de um tridente lhe ferem. Sir Jakin com uma massa de guerra atinge a arma do inimigo quebrando-a. Então Berethor usa sua espada e atravessa a barriga de seu inimigo fazendo a lâmina de sua espada sair pelo outro lado do oponente.
Na segunda hora de combate o caos aumenta e mais da metade dos primitivos jazem na lama. Mas um grupo deles decide lutar até a morte e se lançam contra as fileiras de Sir Algar. Uma flecha certeira torna o braço de um inimigo inútil e o homem não consegue levantar sua arma. O machado de Sir Algar desce abrindo o lado esquerdo do inimigo. No final da segunda hora todos os Cavaleiros estão lutando bem. Sir Dalan e Sir Elein matam um homem sem piedade. Sir Dalan com duas espadas, as gira ao mesmo tempo. Quando o oponente lhe ataca com a lança ele se abaixa e girando estoca duas vezes ao longo das costas do inimigo. O oponente tenta mais um golpe mas está muito ferido. Sir Elein então desfere um golpe, de baixo para cima, com sua espada arrancando a mandíbula do homem que cai se debatendo no lodo. Ele usa a adaga e sacrifica o homem e elimina sua dor. Sir Elein coloca a sua espada em forma de cruz e reza uma oração rápida.
No início da terceira hora de luta poucos inimigos se arriscam a enfrentá-los. Uma velha com pele morena, enrugada com cabelos longos brancos e tão esquelético que a pele se estica sobre os ossos aponta o dedo a Algar e começa uma reza maldita. Ele não sente nenhuma feitiçaria emanando da mulher e cospe no chão a desafiando. Então Enrick cessa o ataque com flechas. E deixa Sir Algar agir. Com seus guerreiros todos mortos os próprios moradores pegam lanças de pesca, facas com lâminas de pedra, redes e os atacam. O homem do Pântano joga uma rede no Sir Algar que dá um passo atrás. O homem escorrega e cai de quatro. Ele é sumariamente decapitado pelo demônio do norte com o machado.
No final de tudo um homem do pântano corre na direção de Sir Dylan e Sir Amig olhando para trás sem ver que estavam à sua frente. Sir Amig lhe aplica uma cabeçada quando o homem tromba em seu peito. O oponente recua tonto e vai andando para trás com a cara ensanguentada. Sir Dylan aponta a espada para o pescoço do inimigo. Ele joga um punhado de Lodo na cara do cavaleiro que mesmo cego dá três golpes. Sir Amig se desvia de dois. Finalmente um deles corta o topo do crânio do homem do pântano espalhando miolos para todos os lados. Quando a invasão cessa e as escaramuças vão diminuindo quase todos os homens armados foram assassinados. Algumas crianças e mulheres estão mortos. Outros correram para dentro do mangue e poucos feridos se arrastam na sujeira com os corpos mutilados. A maioria dos habitantes do lugar não conseguiram fugir porque foram acuados pelos homens de Algar. São quase oitenta nativos entre crianças, adultos e velhos. São miseráveis esfarrapados. O líder um homem velho e sujo está entre eles.
Sir Amig: “O que vamos fazer com esse animal?”
Sir Bag: “Podemos assá-lo e comê-lo! Eu encararia! Ah, ah, ah, ah”
Então, Sir Algar arrasta o velho pelos cabelos que está com a cabeça baixa e quieto. Toda a arrogância vista da outra vez desaparece. Ele recebe um soco no olho.
Sir Algar: “Que o que vocês fizeram aqui nunca mais se repita. Seus primitivos canibais e assassinos de inocentes!”
Então os soldados de Algar começam a pedir pela morte do Líder Canibal. Algar coloca o homem de joelho e enterra seu machado de duas faces no meio do crânio do homem que é abatido instantaneamente. Os nativos cobrem os olhos e alguns choram com medo.
Sir Hervis está com a sua mão toda cheia de sangue e a empunhadura da sua espada tem uma gosma horrível, ele treme e vomita: “Meus deus, ele não morria. Meu deus, foi horrível.”
Enrick se aproxima das dez crianças sobreviventes, todas sujas e mal nutridas e mostra seu anel com o cavalo. Elas ficam curiosas e se acalmam. Ele pede para que elas sejam levadas para as terras de Algar. O Cavaleiro decide que os sobreviventes devem ser levados as suas terras, tenham assistência e sejam civilizados. Os soldados são duramente repreendidos por terem matado algumas crianças e mulheres e ameaçados se algo acontecer aos sobreviventes do ataque.
Sir Amig: “Então vamos embora dessa pocilga! Lutou muito bem guri! Meio brutal e desajeitado, mas eficiente! Gostei do seu estilo.”
Ao amanhecer a milícia deixa o Pântano com a vila em chamas e retorna para as terras de Sir Algar e a Ordem dos Cavaleiros do Martelo partem para a cidade portuária de Hantonne. Seguindo viagem o grupo de heróis chegam na cidade, estão sujos de sangue e lodo. Depois da última campanha no ano passado queimando e matando o inimigo dentro de seu próprio território o comércio triplicou ali. Existem muito mais navios atracados, o mercado ampliou sua área. Centenas de pessoas circulam pelas vielas estreitas. A prostituição cresceu com a quantidade de ouro e prata circulando. Bem como ladrões e mendigos. Nas várias tavernas os bêbados andam livremente. Um bando de Irlandeses estão nas ruas. Com trajes xadrezes nos tons verdes eles são na sua maioria ruivos, cabeludos e barbudos e andam descalços. Estão completamente bêbados e sujos, conversam e mexem com as prostitutas que passam.
Sir Elein: “Por Jesus, o Príncipe Madoc contratou mercenários Irlandeses para nos ajudar. São bárbaros e assassinos sanguinários.”
Sir Amig: “Acho que já gosto deles!”
A guarda pessoal do Príncipe Madoc e sua montaria está em frente a taverna chamada, A Pérola do Canal. Todos os cavaleiros convocados do alto comando estão lá dentro. Algumas mulheres estão no colo de uns, outros jogam dados e conversam enquanto bebem.
Príncipe Madoc: “Sejam bem vindos! Me contem, como se saíram no pântano?”
Sir Algar conta toda estória. Enquanto isso os outros Cavaleiros confraternizam, bebendo, jogando e provando dos prazeres da carne.
Sir Elad: “Metade das tropas estão aqui formada por cavaleiros e outra composta por homens a pé está esperando as condições ideias para partirem de Chichester. Temos provisões para quarenta dias. Rei Uther ficará com a outra metade do exército do reino na ilha para proteção. Atravessaremos o canal e faremos um cerco em Bayeaux. Acredito que o saque fará valer a pena.”
Sir Bag: “Então rapazes mais um joguinho daqueles de dado para lhes raspar as economias. 3 libras cada um. Melhor de 6 no 2d6.”
Então Sir Algar e Enrick jogam contra Sir Bag. Enrick vence a partida e ganha seis libras. Ele nunca tinha visto tanto dinheiro de uma vez.
Sir Dylan: “Finalmente de volta a uma campanha! Mulheres, bebida e combate! Isso é que faz um Cavaleiro feliz ou morto.”
Sir Dalan: “Belas donzelas de vida fácil! Não sei quantos filhos bastardos já fiz meus amigos, mas hoje acho que farei mais alguns! E você primo, o que acha que seu irmão Sir Ordisen II está tramando? Você o mataria?”
Sir Algar: “Eu enfrentaria meu irmão em combate. E o mataria se fosse preciso. Afinal ele tentou várias vezes fazer isso comigo. Vocês me apoiariam Cavaleiros?”
Todos dizem que sim sem pensar duas vezes. Neste momento os Cavaleiros começam a pressionar Enrick a se divertir com uma beldade. E pagam para o garoto uma moça de vida fácil. Ele sai por meia hora e retorna sobe os aplausos dos nobres que se divertem. O rapaz inexperiente parece ter se apaixonado pela moça.
Sir Berethor: “Já vi muitos combates de meu senhor. O mais impressionante foi a chuva de machados que esses homens atravessaram. Sir Geoffrey, um grande cavaleiro que lutava ao lado destes homens, também tinha a mesma coragem apesar de parecer ser mais frio e prático na hora de resolver os problemas. Ele partiu para as terras do norte em uma missão sagrada. Como ele era realmente senhor?”
Sir Algar: “Ele era um homem prático e pragmático, mas faz muita falta. Pois era muito inteligente, sutil, dominava a oratória. Apesar de ser meio distraído algumas vezes. Fez vários feitos heróicos ao nosso lado e sinto muita falta dele meu rapaz.”
Então o Príncipe vem até a mesa.
Príncipe Madoc: “Ordem dos Cavaleiros da Cruz de Martelo! São homens de minha total confiança. Reunirei um conselho privado dos nobres com os mais altos títulos na grande sala da taverna. Preciso que vocês fiquem na porta e não deixem sobe hipótese alguma que alguém entre ou escute o que está sendo falado lá dentro.”
Alguns nobres presentes os olham não gostando da situação.
Em uma das salas grandes da taverna o Príncipe Madoc se reuni com o seu conselho. Vocês ficam na sala anterior como homens de confiança e protetores do nobre. Dali escutam baixo a discussão que se segue. Primeiro ouvem o príncipe falar, depois um segundo cavaleiro fala, risos. O terceiro homem fala em tom sarcástico. O último fala com raiva e logo tudo vira uma troca de insultos. O pouco que conseguem escutar foi uma briga sobre se deveriam ou não atacar os franceses. Derrepente ouvem uma pancada na mesa e a voz do príncipe Madoc: “Quatro semanas ou abandonarei a cidade, não mais!” A sala de reunião fica em silêncio e a reunião é encerrada. Depois Madoc confessa a Sir Algar que os nobres são egoístas e só estão pensando neles mesmos e no saque. E ele está preocupado com a vida de seus homens.
Após aguardar na cidade por quase três dias, esperando pelo clima ideal para uma esquadra zarpar e atravessar o canal, as condições de vento e maré são ideais. Rumo a frança os navios se preparam a se lançarem flutuando por entre as ondas em direção a costa francesa. Os dezenas de navios estão carregados ao máximo com escudeiros, cavalos de guerra e de carga, comida, armas dos mais variados tipos e armaduras.
As gaivotas acompanham a partida dando rasantes sobe as cabeças dos soldados e marujos. O Víbora do Mar lidera a esquadra, Enrick e Sir Algar sobem à bordo com seus cavaleiros acompanhados de Sir Amig, Sir Elad e o Príncipe Madoc. Comandando a gigantesca esquadra está o Almirante Gwenwynwyn.
Almirante Gwenwynwyn: “Atenção marujos, retirar as amarras! Remos esquerdos. Parar. Todos os remadores. Juntos com o tambor!”
Os outros nove barcos seguem o víbora fazendo o mesmo movimento. As ondas grandes da costa inglesa são atingidas. Após alguns minutos a arrebentação é deixada para trás. Aos gritos o Almirante manda abrir as velas. Os barcos impulsionados por um forte vento se deslocam no mar agitado sobe o céu negro. Sir Amig apoiado na murada com o rosto branco fala: “Por deus! Que droga de mar! (Vomita) Se for pra vomitar que seja por causa do hidromel.”
Almirante Gwenwynwyn: “Não estou gostando disso. O Tempo está fechando. Durante a madrugada teremos mar alto e chuva. Protejam suas armas e equipamentos.”
Então o mar fica cada vez mais agitado. Os navios recolhem as velas, pois o vento está muito forte e pode arrancar os mastros, e usam os remos pra tenta se orientar em meio ao céu encoberto. Derrepente a tempestade começa forte e uma chuva grossa cai, molhando tudo. Os navios sobem pelas enormes ondas com dez metros de altura e depois descem surfando em alta velocidade. Sir Algar escorrega no convés molhado pela chuva e bate com as costas em um banco, se machucando.
Sir Amig se agarrando em um dos bancos junto com Sir Bag gritam enquanto o barco desce em alta velocidade: “Puta que pariuuuuuuu!”
O Almirante Gwenwynwyn está firme, afasta seu timoneiro e assume o leme do Víbora: “Aguentem firme!”
Príncipe Madoc também perde o equilíbrio e na descida de uma grande onda cai e escorrega em direção ao mar revolto atravessando todo o convés com as costas no chão. Quando passa por Enrick, o garoto consegue segurá-lo pela mão.
Madoc: “Essa foi por pouco! Quase meu Pai perdeu seu herdeiro. Obrigado!”
Enrick: “Sim, meu príncipe!”
Sir Amig: “Bom trabalho guri!”
Após horas navegando em meio a tempestade a chuva diminui, o vento também e o mar fica mais calmo. O Sol vermelho surge no horizonte por entre as nuvens. Um grande arco íris surge no mar.
Sir Bag: “O caminho para Asgard está aberto. Teremos sangue derramado hoje, espero que não seja o nosso.”
Um comandante de um barco próximo grita para o Almirante que três barcos estão desaparecidos.
No final da tarde finalmente a esquadra avista a terra. O céu está azul escuro e as primeiras estrelas surgem no céu. Ainda o Sol se põe. Um barco logo à frente desliza nas ondas a favor da arrebentação. Uma vila próxima a praia é vista. As chaminés das casas já começaram a sair fumaça para a janta e o cheiro de lenha queimada chega aos narizes. Latidos de cachorros e o cantar de um galo em meio ao barulho da arrebentação das onda são ouvidos. Barcos de pesca e um ancoradouro existem em um pier que sai da areia em direção ao mar. O primeiro barco abarrotado dos sujos Irlandeses se arrisca abrindo suas velas na arrebentação e chega antes de todos na areia e encalha. Um bando de mercenários Irlandeses descalços desembarcam antes e correm em direção a vila desordenadamente armados com espadas, machados, escudos redondos e lanças. Poucos usam armaduras e os que as têm usam lorigas de couro e gritam mostrando a língua selvagemente.
Sir Elad: “Desembarquem homens e conquistem a vila francesa, precisamos desse lugar. Tomem casa por casa. O ancoradouro servirá como nosso ponto de desembarque. Não façam prisioneiros. Se alguém escapar poderá alertar o inimigo de nossa presença.”
Sir Amig: “Ouviram senhores! Força e Honra, façam seu trabalho! Temos três horas para tomar a vila ou podemos ser atacados pelas forças de Claudas. Tomando a vila traremos mais barcos e homens o que impedirá uma retaliação do inimigo imediatamente. Quero o ataque em duplas. Bem vindos a Normandia.”
Logo a praia está cheia de guerreiros ávidos por lutar. A vila é composta por uma igreja construída com troncos grandes de carvalho e vinte casas. Como está anoitecendo nenhum habitante está fora de casa. Alguns dormem, outros fazem a janta. Cada dupla de Cavaleiros corre pela área da vila metendo o pé na porta e invadindo as casas.
Na primeira hora da tomada da vila, Sir Algar e Enrick arrombam as portas de duas casas. Mesmo implorando por suas vidas as famílias são sacrificadas. Fora da casa gritaria, correria, os homens na área atrás da vila esperam os fugitivos e os abatem sem pensar duas vezes. Três mulheres e quatro homens são postos de joelhos na areia. Eles abaixam a cabeça e três Cavaleiros os sacrificam com lanças afiadas. Um mar de corpos jazem na praia ao lado de cachorros que os cheiram e fuçam. Entrando em uma igreja de madeira com os bancos longo existem três padres eles rezam. Tentam resistir mas são abatidos sumariamente pelo machado de Sir Algar e o martelo de Enrick. Sem muita resistência eles entram na segunda hora de pilhagem. Saindo da igreja um grupo de mercenários fazem uma roda em volta de três homens e os espancam com os escudos enquanto um Irlandês arranca com a faca os dentes de ouro de um cadáver de um homem. Na casa que Enrick e Sir Algar entram a comida está posta. Peixe e mingau de aveia estão fumegantes em cima da mesa. Dois soldados de Logres estão caídos mortos no chão. Um ainda respira inconsciente com o dorso aberto e o outro tem o rosto desfigurado. Três mulheres estão do lado oposto com machados de cortar lenha.
Mulheres com sotaque carregado: “Desgraçados!” “Assassinos!” “Monstros”
Então Sir Algar derruba a primeira mulher que atacava ferozmente. Enrick golpeia a segunda com o martelo quebrando o prato, que ela tentava colocar na frente para se defender, atingindo-a no peito, quebrando seu externo causando uma parada cardíaca. Sobra uma terceira mulher que luta com fúria. Ela fere Enrick, mas ele consegue derrubá-la e Algar a decapita. Lá fora uma casa arde em fogo. Aguardando lá fora um grupo de homens estão com suas espadas empunhadas. Quando não aguentam mais o calor os aldeões, três mulheres, uma criança e um homem, correm lá de dentro com os corpos em chamas e são abatidos logo que põe o pé para fora da casa.
Sir Elad grita: “Não queimem as casas idiotas! Precisaremos dela!”
Quando a invasão entra na terceira hora poucas casas ainda não foram invadidas. Quatro homens que tentaram atacar alguns cavaleiros foram pendurados pelas mãos na viga da varanda de uma casa e são abatidos com um martelo de guerra nas costas. Eles sofrem bastante com os golpes e cospem sangue enquanto morrem. Ao entrar em uma cabana de madeira Sir Algar e Enrick encontram três homens vestidos com armaduras de couro, escudo redondo e elmo aberto na frente. São os primeiros guerreiros francos que os aventureiros enfrentam.
Guerreiro com sotaque: “Lutaremos até a morte, assassinos de mulheres e crianças!”
Sir Algar quebra o rosto de um dos inimigos com a parte de dentro do machado e depois mulita o braço de outro. Enrick acerta da direita para esquerda o rosto do inimigo fazendo voar sangue e dentes para todos os lados.
Quando Algar e Enrick saem da cabana as aves marinhas e os cachorros já se banqueteiam com os corpos dos aldeões espalhados pela praia. Dezenas de pessoas estão caídas sem vida. Alguns na areia, outros boiam nas águas rasas na beira da praia. Alguns se arrastam muito feridos mas são sacrificados aliviando seu suplício. Finalmente o ataque vai cessando e quando olham ao redor já é noite e vêem morte por todos os lados. Corpos transpassados por espadas, machados e lanças jazem na areia. Outros vários estão enforcados nas árvores na parte de trás da vila outros nas vigas de suas próprias casas. Nenhum dos quinhentos homens de logre morreram. Três do total da primeira força de ataque foram feridos. Um no rosto, perdeu um dos olhos por um ferro quente da lareira atirado, queimando todo o lado direito da cara. O homem geme de dor enquanto um físico do Príncipe, Mestre Rutherfor, o atende. Outro foi ferido por duas mulheres que fingiam se entregar mas o esfaquearam várias vezes no pescoço. Ele as matou, mas com cinco perfurações não se sabia se sobreviveria até o dia seguinte. Enrick ajuda o homem com ervas e o costura salvando sua vida. O outro foi atacado por um cachorro de guarda dentro da casa e depois espancado por pedaços de madeira e panelas de ferro pelos pescadores. Tem hematomas e escoriações, mas parece bem. O cachorro agora é seu e seus donos jazem pendurados em uma viga no interior da casa.
Sir Elad: “Cavaleiros da Cruz do Martelo! Soltem os barcos de pesca. Usaremos o ancoradouro para os outros barcos que virão ao amanhecer. Montem uma área de proteção em volta da vila para não recebermos um contra ataque. Não deixem esses Irlandeses idiotas queimarem as casas ou fazer algo estúpido. Usaremos as moradias para para cozinhar e dormir. Resolvam o problema desses corpos. Muitos já começaram a feder.”
Sir Algar dá ordens aos seus cavaleiros para criar um perímetro de proteção com os arqueiros em cima da falésia. Enrick ajuda a organizar as defesas. Os corpos dos inimigos são queimados em uma pilha próximo ao mar. As fogueiras são acessas. As cozinhas das casas são usadas. Os Cavaleiros de Logres conversam.
Sir John Smith: “Que bom te ver! Foi um lindo casamento o seu em Stonehenge. Notícias de seu amigo, Sir Edgar?”
Sir Algar: “Não tivemos notícias Senhor mas sei que ele vai resolver tudo da melhor forma.”
Sir Amig: “Esse Irlandeses são uns toscos! Olhem lá, estão bêbados novamente e tentando pegar uma galinha. O mais perto que esses homens chegariam na ordem da cavalaria seria sendo um cavalo! Pelo menos matam sem pensar duas vezes. Mande estes idiotas pararem Algar.”
Sir Algar se aproxima dos Irlandeses e dá uma bronca nos homens. Eles ficam olhando congelados quando Sir Algar dá um arroto enorme na cara de um deles, segurado pelo cangote, para intimidá-lo. Primeiro eles ficam parados. Depois acham Sir Algar o máximo. E ficam comentando como ele é legal e como o arroto do Demônio do Norte era poderoso.
Sir Algar: “Que droga Sir Amig, me preocupo que estes idiotas se identificaram comigo.”
Sir Bag: “Normandia! Terras dos Francos. Dizem que os homens são meio afeminados por aqui. Acho que Hanz de Du Duplain se sentiria em casa.”
Sir Elein: “Em minha vida meus bons cavaleiros tento seguir um código. Que ao meu ver é proteger as mulheres e os fracos, defender a justiça contra a injustiça e o mal, amar sua terra natal e defender a sua religião, mesmo com risco de morte. Mas como fazer isso num dia como hoje. Me lembrarei para sempre das maldades que cometi. Terei que me penitenciar.”
Sir Dalan: “Vocês, recém casados, não caiam no erro que cometi. Tenho três mulheres. Uma mais bela que a outra e cada uma mora em um canto de Logres. Uma não sabe da outra e eu não saberia escolher uma delas. Lady Louise é da Bretanha, cabelos crespos, um lindo sotaque e mora perto de Londres. Lady Demether é loira e baixa, seus olhos verdes me lembram as colinas em Blackdown. E Helen é ruiva, veio do norte, das terras dos pictus. Tem olhos azuis, como o céu da terra das fadas. Mora na fronteira com a Cornualha. Por isso tenho que me manter em campanha para conseguir o saque para sustentar meu nove filhos naturais e meus cinco bastardos. Meninas lindas e garotos fortes.”
Sir Jakin: “Soube na Cornualha que vocês mataram três homens do Duque Gorlois meus senhores. Dizem por aquelas bandas que o Duque soube do que fizeram e jura encontrá-los por ter desafiado sua autoridade. Esse homem nunca gostou do Rei Uther e terá que me matar antes de pegá-los!”
Sir Algar conta que realmente tiveram que matar os homens do Duque. Então Sir Amig diz: “Eu sabia, eu sabia, tinha certeza que vocês, arruaceiros, tinham aprontado por aquelas bandas. Eu não falei Madoc, pode me pagar as cinco libras da aposta meu Príncipe.”
Sir Algar: “A noite meu amigo eles sempre virão nos visitar. É a nossa sina!”
A noite passa calma já que os Irlandeses, bêbados de rum trazido dos barcos, estarem impossibilitados de causar confusão. Todos dormem ou em tendas de campanha ou nas casas da vila.
Ao amanhecer, depois da conquista da vila os barcos zarpam para a ilha para buscar mais soldados. A cada dia mais soldados e cavaleiros desembarcam. São quatro dias até que todas as forças sejam reunidas. Até mesmo os arqueiros foram deslocados para a Normandia. A antiga vila agora é um enorme acampamento militar. Milhares de soldados convivem e se preparam para a guerra. Devido a quantidade de tropas nenhum senhor franco ousou se aproximar dali. Dezenas de engenheiros derrubam as árvores próximas a praia e constroem trebuchets, um ariete e escadas. Quando todo o equipamento está pronto o exército levanta acampamento e segue para o interior do continente.
Príncipe Madoc: “Levantar acampamento! Preparem-se, organizar marcha. Vocês comigo amigos! Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo teremos a honra de marcharmos na Vanguarda!”
Após uma hora de marcha para o interior do continente passando por uma planície com pequenas colinas chegam a cidade de Bayeux. A cidade é cercada por muralhas altas e antes dela um fosso. Possui somente um grande portão de acesso. As torres quadradas, quatro por muro, tem as bandeiras do Rei Claudas com o brasão com fundo azul com flores de liz amarelas.
Centenas de soldados inimigos os aguardam em cima das muralhas e começam a gritar insultos. Então, o Príncipe ergue a mão e a fila de soldados, cavaleiros e equipamentos para.
Príncipe Madoc: “Aguardem aqui homens! Ninguém vive para sempre.”
Para a surpresa de todos, sozinho, ele cavalga em direção a muralha frontal no descampado na frente da cidade. Algumas flechas são disparadas. Uma fica presa ao escudo com o brasão dos Pendragon, outra raspa na armadura. E as outras no chão. Ele recua cavalgando em zigue zague e volta sorrindo. Todo o exército olha admirado e em silêncio.
Príncipe Madoc: “Ufa! Não esperavam um príncipe! O limite para se aproximarem são as flechas homens, ali a distância é segura. Arautos, se apresentem, avisem o comandante de cada unidade!”
Sir Amig olha satisfeito pela coragem do Príncipe Madoc e todos os homens demonstram admiração. Então todo o exército de Logres explode em risadas pela ousadia do Príncipe. O inimigo fica calado.
Então, a coluna única formada pelas tropas de Logres começa a se dividir de modo que todo o exército vai se posicionando por toda a área exterior da cidade impedindo a saída ou entrada de qualquer pessoa ou suprimento. O cerco está estabelecido a uma distância segura, longe do alcance de flechas. O rio que corre para dentro de Bayeux é represado e animais encontrados no caminho são mortos e jogados ali para contaminar as águas.
Uma agitação é ouvida pela manhã no acampamento ao redor de Bayeux. Todos vêem um homem rico, sem escolta, chegar ao amanhecer cavalgando um corcel negro. Vestindo túnica púrpura com uma capa de pele de urso e uma armadura romana ricamente ornamentada protegendo ombros e ventre com o símbolo de um lobo em alto relevo no peito, o homem parece satisfeito quando vê os milhares de soldados sitiando Bayeux. Um lobo o acompanha. Ele desce da montaria afaga o animal e é recebido com uma abraço pelo príncipe Madoc. Por quase uma hora os dois e o conselho se reúnem na barraca principal cercada por cavaleiros. Os dois saem e o príncipe se aproxima da unidade de Sir Algar:
Príncipe Madoc: “Ordem dos Cavaleiros da Cruz do Martelo, acabei de conversar com o Pretor Syagrius! É este nobre romano, amigo de meu pai. Precisamos de mais soldados para invadirmos essa cidade. Cavalguem protegendo se for necessário com a vida o pretor dentro de suas terras ocupadas pelos Francos. Reúnam nos campos o exército romano disperso e tragam-os para realizarmos o assalto a estas malditas muralhas. Temos mais quinze dias de suprimentos. Tragam a quantidade de corpos inimigos que conseguirem para arremessarmos pra dentro da cidade. Assim que se ganha um cerco! Intimidação e doenças! A hora do ataque final se aproxima. Vão com a ajuda de Deus. Levem carroças e equipamentos. Os espero daqui a quatro dias.”
Pretor Syagrius para e olha pra vocês. Enrick o chama a atenção. Ele fala: “Então são os senhores que irão me acompanhar? O que um plebeu como o senhor faz na companhia de homens tão diferentes de sua cultura?”
Enrick: “Eu estou com Sir Algar. Sou seu escudeiro meu senhor.”
Pretor Syagrius: “Espero que estejas seguro Sir Algar de levar um rapaz bruto como esse conosco?”
Sir Algar: “Estou sim! Irá comigo! Ele é habilidoso com o arco e com perícias curativas.”
Pretor Syagrius: “Partamos então homens!” Então o Pretor sobe em seu cavalo.
Neste momento Sir Amig se espreguiçando sai de sua tenda: “Ah não! Eu falei que mais cedo ou mais tarde eles iriam sair pra passear, eu sabia, eu tinha falado. Vocês eram três, agora são dez! Qualquer hora vou acordar e todo cerco foi embora passear com esses garotos! Dylan, você também meu filho?”
Dylan só abaixa a cabeça. “Não se machuquem. Ouviu Sir Algar!!! Enrick aprenda como não se faz as coisas em um exército.”
Então a Ordem dos Cavaleiros do Martelo cavalgam lentamente para o interior da Terra dos Francos. O Pretor Syagrius cavalga no centro. Seguindo pelo campo as vilas estão abandonadas. As plantações destruídas. O gado e as cabras estão caídos inchados em meio a relva verde.
Pretor Syagrius: “O rei Claudas destruiu tudo quando percebeu que vocês estavam desembarcando em minhas praias. Desgraçado! Vejam!”
Os Cavaleiros ficam chocados quando vêem em uma árvore, crianças, mulheres, velhos e homens enforcados, amarrados com as mãos para trás. Pelo menos cinquenta pessoas pendem naquela árvore sendo comidos pelos corvos.
Pretor Syagrius: “Por cristo, meus servos estão mortos! Maldição!”
Ao fundo próximo a um capão formado por árvores e arbustos estão em volta de uma fogueira dez guerreiros francos no topo de uma pequena colina. Eles assam um pequeno javali. Não dá para realizar uma carga.
Sir Bag: “Hum, Comida! Poderíamos mandar esses afeminados para o outro lado do véu e depois matar a fome.”
Então cavalgando na direção dos homens a Ordem ataca. O inimigo ao ver se aproximarem começam a gritar um com o outro para se armarem. Eles quase não tem tempo de se prepararem adequadamente. Sir Algar atropela o primeiro franco com o seu cavalo, quebrando os seus ossos e o tirando de combate, o homem nunca mais andará. Enrick primeiro ataca com as patas dianteiras do animal depois atropela o homem atirando-o longe e depois atropelando-o. Só uma massa disforme de sangue fica afundada no chão.
Olhando ao redor Sir Algar e Enrick podem ver os Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo lutando.
Sir Dylan: Se atira em combate! Luta com o coração, sem muita técnica, mas com uma garra incrível. Parece querer provar algo. Estoca e depois espanca com a empunhadura o rosto do inimigo até ele cair inconsciente e depois o atropela com a montaria.
Sir Bag: Como um tanque de guerra, recebe um golpe nas costas que derrubaria qualquer homem da sela de seu cavalo, mas permanece equilibrado e vira sua montaria girando uma massa de guerra que com um som abafado transforma o crânio do inimigo em uma mistura de sangue, miolos e elmo quebrado.
Sir Elein: É derrubado do cavalo mas luta parado. Com um pé direito à frente e outro atrás. Usa uma espada de duas mãos. Só reage quando o inimigo tenta lhe acertar. Gira habilmente e com extrema destreza corta as costas do inimigo transversalmente que se debate e morre perdendo todo o sangue do corpo. Então Sir Elein se ajoelha apoiado em sua espada e faz o sinal da cruz.
Sir Dalan: O primo de Algar luta com duas espadas no chão. Uma grande e outra pequena. Ele é extremamente técnico e habilidoso. Cruza as duas defendendo do golpe direto. Quando alivia a força gira no chão dando uma rasteira fazendo o inimigo se ajoelhar enquanto levanta e degola-om cruzando as duas armas afiadas.
Sir Jakin: Em forma e corajoso. O cavaleiro é extremamente eficiente com seu mangual, apesar de sua pouca idade. Ele cerca o inimigo com sua montaria consegue desarmá-lo enrolando a corrente de sua arma. Depois com as patas dianteiras do cavalo derruba o seu escudo. Então o homem tenta correr, ele galopa rápido e então golpeia a nuca do franco lançando seu elmo no ar arrancando o couro cabeludo e lançando o homem sem vida longe.
Sir Berethor: luta com coragem. Meio desajeitado, se defende de dois golpes atrás do escudo. Golpeia, uma, duas vezes e nada. Escora mais um golpe. Até que fere o ombro do inimigo que não consegue levantar sua espada. De cima para baixo ele enterra a espada que entra pela clavícula e sai pela barriga do franco. O homem cai sem vida.
Sir Hervis: Vai com toda força contra o inimigo. Mas é agarrado pelas esporas e derrubado. O franco pula com a sua espada na garganta do garoto. Quando o inimigo vai desferir o golpe final ele dá um grito e cai de lado. Sir Hervis sacou sua adaga e esfaqueou as partes do inimigo que cai se debatendo. O garoto pula e em choque, se sujando todo de sangue, não para de esfaquear o franco já sem vida.
Pretor Syarius: O pretor leva diversos golpes. A armadura cara e bem feita absorve todos os golpes. Um segundo homem tenta lhe ferir mas seu lobo pula na garganta e de um lado para o outro sacode a cabeça do inimigo. Então ele lança a gladius no primeiro que é enterrada no peito do inimigo, ele se aproxima e degola o homem ferido, pelo lobo, de joelhos com outra gladius, que ele saca da cintura, passando em velocidade com seu cavalo.
Os aventureiros acham dez libras com os homens e os seus corpos são deixados empilhados para depois serem pegos.
Pretor Syarius: “A maior parte do saque é meu senhores. Pois eu sou dono dessas terras. Não esqueçam! Oitenta por cento me pertence. Vocês bárbaros e suas leis. Sinto muito!”
Sir Algar: “Então fique com tudo!”
Ao anoitecer avançando por entre os campos de aveia queimados próximo à um rio é hora de levantar acampamento.
O acampamento é organizado em círculo por Algar que fica com o primeiro turno de sentinela. Depois Enrick fica acordado vigiando, mas é pego de surpresa. Um grupo com uns duzentos soldados romanos, magros, sujos e assustados apontam lanças para o Cavalariço. Ele se assusta e tenta falar aos homens que são aliado do Pretor. Os homens duvidam. Ele os leva a barraca de Syagrius e constatam que Enrick estava falando a verdade. Sir Algar acorda com a confusão.
Soldado Romano: “Perdão meus senhores, achamos que eram os homens de Claudas! (E faz uma reverência). Estamos há meses combatendo em guerrilha os francos. Já morreram mais da metade dos nossos homens. Estamos com fome e fracos. ”
Os homens são dispensados e enviados ao acampamento no cerco para terem uma refeição quente e se limparem.
Ao amanhecer os campos continuam desertos. Após ao almoço um grupo de soldados romanos se aproximam saindo da mata ao lado prestam reverência. São uns duzentos e cinquenta soldados.
Soldado Romano: “Ave Pretor Syarius! Finalmente a ajuda chegou! Graças a Deus!”
Pretor Syarius fala com uma certa arrogância: “Sim, homens! Tomarei a cidade novamente! Estão prontos para lutar? Não precisamos de toda essa ajuda, nós poderíamos enfrentar o rei Claudas sozinhos. Mas já que o rei Uther insistiu tanto eu aceitei.”
Todos os homens respondem que sim empolgados e também são enviados ao acampamento. Então, seguindo em frente, próximo ao fim da tarde, os heróis atingem uma parte dos campos onde o terreno é dividido por sebes centenárias que não permitem uma visão completa de todo o horizonte. Enrick vê cinco homens andando atrás da sebe. Sir Algar vai verificar e ao se aproximar percebe serem druidas. Eles dizem não tomar parte de nenhum lado do confronto pois servem a Deusa. Com sotaque carregado eles oferecem hospitalidade mas Sir Algar educadamente recusa. Mas os sacerdotes lhe dão uma importante informação. Para subir uma grande colina à frente e lá de cima observar.
Pretor Syarius fala a Enrick enquanto observa Sir Algar a distância conversando com os druidas: “Pagãos! Nunca confie em um deles. Fique em alerta. Este lugar não é digno de minha presença. Vamos embora.”
No último dia de buscas eles cavalgam até que de cima de uma alta colina, onde existem ruínas de uma vila romana da antiguidade e tem uma visão panorâmica da área que pertence ao Pretor. A distância com as chaminés esfumaçadas rodeada por milhares de tendas está a cidade de Bayeux. Mas percebem uma grande casa de madeira a meio caminho de Bayeux e em volta vários soldados e cavalos. Dessa distância não dá para ver se são amigos ou inimigos.
Pretor Syarius: “Estão usando os depósitos de grãos. Provavelmente devem ter ficado trancados para fora da cidade quando chegamos e em menor número não atacaram nossos homens.”
Os heróis esperam anoitecer e Enrick vai sorrateiramente usando as sombras da noite e um capão de mato próximo para observar. Ele vê que são quatro sentinelas. Uma na parede direita da casa, duas na parede esquerda e um na frente. Um não vê o outro. Enrick não resiste e abate dois deles com o arco longo. Só sobram os outros na parede oposta. Quando retorna ele e Sir Algar se esquivam pelo escuro pelos fundos do celeiro. Espiando os dois homens que conversam eles tentam degolá-los. O primeiro atacado por Sir Algar cai de joelhos com as mãos na garganta e o outro percebe a aproximação de Enrick e reage. Rapidamente eles são abatidos mas um deles grita por ajuda. Dez cavaleiros saem de dentro do celeiro enquanto Sir Algar soa o chifre de ouro chamando seus Cavaleiros que chegam em uma carga enfurecida. Enrick assobia e seu cavalo surge. O rapaz monta em Hefesto e ataca seu inimigo. A maior parte da luta ocorre ali fora e alguns inimigos são atacados no interior do celeiro vazio. Enrick e Sir Algar matam cada um seus oponentes. Quando cessam o ataque os outros só vem Sir Elein dar um passo à frente usando a ponta da espada, o inimigo dá um passo atrás e tenta golpeá-lo com uma massa. Enquanto a arma desce Elein chuta o rosto do inimigo que cai para trás e tem seu pescoço perfurado pela grande claymore. Sir Elein se ajoelha e faz uma oração. Vasculhando o lugar Enrick percebe um pergaminho aberto em cima de vários barris usados como mesa. O Conteúdo mostra que por dentro do portão de entrada da cidade foi colocado outro de ferro e devem ser abertos através de duas alavancas de ambos os lados. Mostra também o posicionamento das tropas dentro de Bayeux. O mapa das muralhas, também onde estão as escadas no lado de dentro que levam ao interior e quantos homens enfrentariam na cidade.
Número de habitantes trazidos por Claudas= 2000
Número de Infantes= 1200
Arqueiros= 400
Sir Dalan: “Os homens deveriam estar estudando alguma forma de defender a cidade. Estes planos de defesa facilitarão muito a vida dos nossos comandantes.”
Pretor Syagrius: “Hora de retornarmos homens!”
Fala o Pretor enquanto pega os planos e guarda no interior de sua algibeira como se fosse ele que tivesse os achado.
Quando retornam ao acampamento já amanheceu. Quando entram os homens os olham com admiração. O Pretor Syarius imponente em sua armadura montado em seu corcel, o lobo correndo ao seu lado vem na vanguarda. Enrick e Sir Algar chegam depois e o restante dos Cavaleiros dois a dois os seguem, os escudeiros vêem trazendo uma carroça cheia de corpos. Os soldados lhes prestam reverência.
Pretor Syarius: “Muito bem homens, fizera o seu trabalho! Se fossem romanos talvez tivéssemos lutado de forma mais profissional. Mas no momento é o que temos. Estão dispensados. Tenho negócios a tratar com o Príncipe.”
Ele empina seu cavalo e some entre as tendas.
Sir Amig: “Olá garotos! Meio petulante este Pretor, não é? Fico feliz que todos retornaram. Desçam desses pangarés e venham me contar as novidades! Soldados se aproximem. Preparem um dos trebuchets. Temos convidados para atirar por cima dos muros de nossos vizinhos.”
Neste momento os homens começam a carregar os cadáveres e se dirigir para a parte de trás do acampamento. O Príncipe Madoc se aproxima junto com o Pretor.
Príncipe Madoc: “Sejam bem vindos amigos! Chegou a hora de começar a vencer essa batalha. Atenção artilharia! Disparar.”
Neste momento um sinalizador levanta um estandarte e o trebuchets cortam o ar assobiando, fazendo um barulho de rangido e cordas. Por cima dois corpos voam em alta velocidade.
Sir Amig: “Queria ter uma dessas pra atirar certas pessoas!” E dá uma olhadinha a distância para o Pretor Syarius que não percebe o comentário.
Os corpos caem dentro das muralhas. Os dois mil soldados comemoram. Cadáver após cadáver são arremessados sempre seguido pelos gritos de entusiasmo do exército de Logres.
Sir Amig: “Agora é só esperar os mortos fazerem seu trabalho.”
Príncipe Madoc: “Esperemos vinte e cinco dias para enfraquecermos os homens de Claudas. E depois atacaremos. Não me darei ao luxo de sacrificar meus soldados somente pela vontade de um homem.”
Pretor Syagrius: “Vinte e cinco dias? É muito tempo.”
Príncipe Madoc: “Já discutimos demais por hoje Pretor. Essa é a minha decisão. Com licença.”
Madoc se retira e o Pretor sai para o outro contrariado dizendo alguns palavrões em latim.
No vigésimo segundo dia da campanha o tempo passa lento e tedioso. Berethor se aproxima e pede para Sir Algar ensiná-lo a fumar. Neste momento Sir Amig entra na tenda.
Sir Amig : “Sir Algar! Não acredito! Você está ensinando o garoto a encher o peito com essa porcaria. É melhor que você coloque a boca em uma chaminé Berethor”. Ele arranca o cachimbo da mão de Berethor. Olha curioso e dá uma tragadinha. Ele tosse e se afoga e depois fala: “Sabe que não é ruim!”
“Atenção homens! O Príncipe Madoc convocou o conselho de guerra. A Ordem da Cruz do Martelo deve estar presente, tenham certeza de que todos estejam limpos e prontos!”
E vai saindo levando o cachimbo embora até que Sir Algar o pede de volta. Meio sem jeito e contrariado Sir Amig devolve.
Em uma tenda enorme, muito bem decorada com uma águia empalhada com as asas abertas, tapeçarias, um trono de madeira adornado com dragões, uma mesa grande quadrada. O chão está coberto com tapetes. Candelabros iluminam o interior. O Pretor Syagrius está presente. Um mapa de Bayeux está aberto e vários cavaleiros estão ao redor conversando. Sir Elad está presente.
Príncipe Madoc: “Olá Cavaleiros se aproximem! Estamos analisando a melhor forma de realizarmos o ataque. Ele será lançado daqui há três dias ao anoitecer. A única forma de entrarmos na cidade será passando pelos muros, lutando na parte superior e abrir caminho até a primeira torre na esquerda. Depois de chegar nela existe uma escada que leva até as ruas da cidade. Ao chegar nas ruas o portão e seu mecanismo de abertura deverão ser localizados. Precisaremos abrir o portão pelo lado de dentro para que o ataque de cavalaria e parte da infantaria entrem, invadam as ruas e anulem o restante da força inimiga. O Sir Elad liderará o aríete pelo lado de fora e comandará a cavalaria e a infantaria para dentro de Bayeux quando o portão for aberto. Dividirei o exército em três frentes. Batalhão de invasão das muralhas, Batalhão de invasão dos portões e Batalhão de reserva, que fará o último ataque depois dos dois primeiros, aniquilando as forças restantes, comandados pelo Pretor Syagrius. Primeiro lançarei as bolas incendiárias de trebuchets nos portões de madeira. Isso deixará exposto somente os de ferro que existem por dentro. Depois terei que confiar este trabalho de invasão das muralhas aos meus homens de confiança. Temo que uma possível traição neste momento estratégico possa levar as nossas forças a aniquilação total! Se ficarmos presos do lado de fora embaixo das muralhas, com o portão fechado por muito tempo, o nosso exército poderá ser dizimado. Por isso terei que lhes pedir, Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo, que cumpram essa missão. Vocês terão a honra e a árdua tarefa de invadir esses muros e abrir o maldito portão. Sei que são capazes de tamanha façanha. Por isso, conto com vocês!”
Sir Algar: “Iremos fazê-lo meu Príncipe! Cumpriremos essa missão com coragem e orgulho!”
Pretor Syagrius: “Sir Elad e eu entraremos na cidade após vocês cumprirem o combinado.”
Sir Amig: “Deixe com a gente príncipe! Lutaremos por Vossa Majestade. Talvez nem todos nós sobrevivamos mas é nosso trabalho e somos os melhores para realizá-lo!”
Príncipe Madoc: “Preparem os homens adequadamente. Vocês marcharão no segundo ataque as muralhas. Na vanguarda irão os mercenários irlandeses. A infantaria que irá lhes acompanhar levarão as escadas e ajudarão a abrir caminho e atrairão as flechas inimigas! Nos vemos daqui a três dias. Estão dispensados. Obrigado amigos!”
Na véspera do ataque o movimento no acampamento aumenta. Na mata ao fundo do acampamento os arqueiros treinam e fazem os últimos ajustes. Os soldados se movimentam de um lado ao outro vestindo armaduras de couro, afiando espadas e machados. Alguns treinam. Os escudeiros pintam os escudos de seus senhores. Os trebuchets são preparados e as bolas incendiárias, cobertas com palha e óleo, são empilhadas ao lado dos enormes mecanismos. Várias escadas são levadas para a parte da frente do acampamento e regularmente são molhadas para absorverem água e não se incendiarem na hora do ataque. Os engenheiros do rei também construíram um grande aríete feito de um tronco enorme e sustentado por seis rodas com apoio para as mãos dos homens guiá-lo até a gigantesca porta de madeira da cidade e derrubá-la, a arma também tem uma cobertura para proteger de ataques que venham por cima. Ela também está sendo molhado pelos escudeiros. Os heróis estão do lado de fora das tendas de campanha sentados ao redor da fogueira conversando. A moral dos soldados e cavaleiros está baixa.
Sir Dylan: “Amanhã vai ser um dia difícil amigos. Bebamos aos que tombarem amanhã com glória e pelo aço! Estou preparados para morrer se for preciso.”
Sir Amig: “Estejam preparados para o dia de amanhã! Primeiro marcharemos em direção as muralhas. Eles atirarão todas as flechas que puderem em nossa direção. Depois aqueles que conseguirem atingir a base delas vivos serão recebidos com pedras e azeite fervente. Então, quando subirem as escadas, se subirem, enfrentarão a infantaria inimiga que lutará com toda a sua vontade, pois sabem que se abrirmos aqueles portões amaldiçoados estarão todos mortos. Bom, não sei pra vocês, mas pra mim vai ser um dia perfeito!”
Sir Bag: “Eu acho que o segredo quando marcharmos contra aquelas muralhas é não pensar em nada. Sempre quando eu entro em um combate, como enfrentaremos amanhã, eu não tenho medo porque já me considero morto desde o momento que luto com o primeiro homem até o último. E o único pensamento que passa em minha mente é matar o maior número de inimigos. Se estiver de pé no final de tudo, melhor! Do contrário abraçarei aqueles que matei e que me esperam no Vahalla para enchermos a cara de hidromel.”
Sir Elein: “Deus estará do nosso lado amigos! A vitória só se inclinará para aqueles que combaterem uma causa nobre. O julgamento de Deus não falha. Essa é uma guerra justa como nos ensinou Santo Ambrósio e Agostinho. ”
Sir Hervis parece preocupado e treme de medo: “Tenho que ser forte! Tenho que ser forte! Sou um Cavaleiro de Logres!”
Sir Dalan pega um alaúde e começa a tocar:
Adeus meu amor, eu fui chamado pelo rei
Eu devo lutar e fortuna eu trarei
Ouro e sangue andarão de mãos dadas
Morte e dor e vidas ceifadas
Adeus meu amor, eu posso morrer
O rei está chamando e devo obedecer
A morte sorri com o aço cantando
Na tempestade de flechas nós marchamos.
Gritos de horror sobe o campo de batalha
É a ordem da Cruz tomando a muralha
O destino está feito, os inimigos oram
A guerra chegou e as viúvas choram
Sir Jakin deitado olhando as estrelas: “Bela música Danan. Se conseguirmos ou não cumprir o que o príncipe nos pediu dependerá de muitas coisas. Mas acho que somos os mais indicados para realizarmos tal tarefa. Se não formos, descobriremos amanhã! Os soldados estão dizendo que aqueles portões foram amaldiçoados e que nada passará por eles.”
A noite passa com poucos homens realmente dormindo. A maioria estão ansiosos e ficam acordada. Os soldados, arqueiros e mercenários todos ao relento ficam conversando e contando estórias de outros combates para tentar espantar o medo. Muitos bebem e riem para esquecerem o que os aguarda. Enrick passa a noite acordado ao lado de Hefesto conversando com o cavalo. Tentando se acalmar e lembrando de casa com saudades. O garoto tenta entender o que seu pai quis fazer lhe enviando a essa vida perigosa e cruel.
Ao amanhecer tudo se intensifica. Ao longo do dia a correria é grande entre as tendas. Homens vestem as suas armaduras ajudados pelos servos. Arqueiros prendem as cordas de cânhamo em seus arcos e colocam outra de reserva em uma algibeira pendente na cintura. A maioria usam elmos abertos na frente e alguns usam uma proteção de couro no braço esquerdo. Eles esticam as cordas testando os arcos. Também pegam as flechas e conferem se foram feitas adequadamente descartando as que não estão perfeitas e checando se as penas estão em posição correta. Os soldados, um ajuda o outro a vestir as armaduras de couro. Usam, como os arqueiros, elmos abertos frontalmente. Alguns levam maças de guerra, outros martelos, manguais, machados e espadas. A maioria de metal de baixa qualidade que pode se quebrar facilmente. Se protegem com escudos redondos de madeira. Os mercenários Irlandeses praticamente não utilizam nenhuma proteção, somente os chales verdes xadrezes e seus escudos da mesma cor. Eles usam espadas, machados de uma face e lanças e lutam descalços. Seus cabelos são mal cortados e não usam elmo e são barbudos. Eles lutarão semi nus, seus corpos estão pintados com runas. O Conde Roderick já se movimenta com suas centenas de cavaleiros. O aríate vai sendo levado na vanguarda por seis homens de cada lado. Os trebuchets começam a ser empurrados pelos artilheiros especialistas que são quatro para carregarem e operarem a arma. Com o movimento os soldados e arqueiros de Bayeux percebem que virá um ataque em sua direção e imediatamente eles recebem ordens de posicionamento. Centenas de arqueiros se posicionam no topo da muralha, bem como soldados inimigos de infantaria. A fumaça das panelas de defesa começam a subir em uma coluna negra para o alto. Os estandartes de cada nobre é levantado. Pelo menos uma centena deles.
Logo depois do pôr do Sol o Príncipe Madoc vestido para a guerra se aproxima do limite seguro entre o acampamento e os portões de Bayeux montado em seu corcel de guerra branco, usando a armadura de ouro e prata e ornamentado com as cores azuis e amarelas dos pendragon. Os soldados inimigos vaiam.
Príncipe Madoc: “Atenção homens!”
Então todo o exército fica em silêncio e vira em direção ao príncipe.
Príncipe Madoc: “Meus irmãos de batalha! Finalmente havemos de acabar com essa espera angustiante. Iremos à batalha mais uma vez lado a lado com os romanos, com os Irlandeses e os mais seletos filhos de Logres, que servem a mim e a meu pai tão honradamente. Peço que me acompanhem nesta jornada heroica de vida ou morte. Peço que me acompanhem empunhando suas armas e seus corações como um dragão feroz que dá nome a minha família. Digo a vocês, meus irmãos, que essas muralhas são maiores que eu, mas nunca serão maior que nós todos juntos. Derramaremos o nosso sangue no chão da terra dos francos e alguns de nós não caminharão ao amanhecer. Olhem bem para o seu irmão de armas ao seu lado. Um lutará pelo outro e um morrerá pelo outro. Olhem bem para essas muralhas homens. E é ali que a nossa vitória começará. Desde o primeiro homem que subir na muralha até o último que deixar essas praias lutaremos com bravura e coragem. Homens, nos dêem um combate justo! Lutemos unidos até o final de tudo. Por Uther, por Logres e pela Britânia!”
Todos erguem suas espadas, outros batem nos escudos e um barulho ensurdecedor ecoa pela planície. O exército inimigo se assusta com o discurso e permanece em silêncio.
Príncipe Madoc: “Atenção! Entrar em formação. Arqueiros avançar até a linha de frente.”
Todos os arqueiros caminham e se posicionam em linha de frente para os portões da cidade. Cada um finca várias flechas no chão permitindo agilidade nos disparos.
Príncipe Madoc: “Milícia Irlandesa segunda formação!”
Aos berros, entusiasmados, cantando uma canção animadíssima em uma língua incompreensível os maltrapilhos irlandeses se posicionam. Olham um para o outro e gritam. Fazem caretas mostrando a língua. Exalam um cheiro de álcool forte.
Príncipe Madoc: “Batalhão de invasão das muralhas terceira formação!”
Sir Amig: “Somos nós garotos, vamos lá! O dever nos aguarda!”
Enrick, Sir Algar e a Ordem da Cruz do Martelo estão no meio da multidão de milhares de soldados. Dali podem ver as muralhas à frente mas não conseguem dar um passo para o lado devido o aperto entre os soldados. Um mar de tochas são acesas e começam a gritar insultos e bater nas armaduras e escudos. Um som ritmado capaz de amedrontar o inimigo mais corajoso.
Dali da para ver a fumaça de olho quente que sai de panelas enormes colocadas ao longo da murada. Milhares de arqueiros se protegem atrás de cada dente de pedra que forma o topo do muro preparando-se para contra atacar. Pequenas piras de ferro lá em cima são acesas para as flechas incendiárias. Montes de pedra são levadas ao topo para serem atiradas em quem se aproximar da muralha. E o inimigo começa a gritar, apesar de enfraquecido devido a dias sem comida apropriada e com doenças contraídas pelos corpos e animais mortos lançados para o interior da cidade.
Madoc desmonta de seu cavalo pega a espada que pertencia a seu pai com o ramo de carvalho gravado em sua lâmina, pega o seu escudo e dirigisse para o Conde Roderick. Eles parecem discutir um pouco e o Pretor Syagrius se aproxima. Os heróis escutam o Príncipe Madoc falar baixo:
Príncipe Madoc: “Você sabe o que fazer Conde, você ouviu minhas instruções. Eu sei o que estou fazendo, não discuta comigo na frente de meus homens. Não irei passar o comando para o senhor, Pretor. Minhas ordens são para que fique na reserva, é minha palavra final. Danem-se todos! Lutarei ao lado de meus amigos!”
Então Madoc passa pelos arqueiros, Irlandeses e chega até Sir Algar e Enrick e os Cavaleiros da Ordem. Os homens lhe batem no ombro de sua bonita armadura cumprimentando o nobre. Sir Amig dá uma piscadela para o príncipe.
Príncipe Madoc: “Lutaremos ombro a ombro irmãos! Atenção trebuchets! Disparar!”
Então iluminando a noite o grande mecanismo é disparado e esferas enormes incendiárias explodem contra a muralha. Quando ocorre o impacto os soldados comemoram. Mais quatro disparados e um deles acerta o portão em cheio. Mais quatro passam assobiando cortando o ar e mais um acerta o alvo. Logo os portões de madeira estão ardendo em chamas e caem expondo uma carranca demoníaca enorme forjada no ferro. Todo o exército de Logres fica assustado com a terrível imagem.
Príncipe Madoc: “Atenção Batalhão de invasão das Muralhas! Marchem para a guerra!”
Cuidando com cada passo, muito fácil de tropeçar em uma área sem espaço para caminhar. Devagar tudo se desloca à frente e vão ganhando terreno. Os Cavaleiros fecham o seu elmo e dentro dele pode se ouvir a própria respiração ofegante enquanto o coração bate forte, a mão treme e a boca fica seca pelo medo e ansiedade.
Sir Bag: “Será uma bela noite para morrer, matar e pilhar.”
Príncipe Madoc: “Arqueiros, preparar! Disparar, agora!”
O ataque finalmente se inicia com todos os arqueiros em um só movimento puxando a corda de seus arcos e milhares de flechas com fogo em suas pontas atravessando o céu escuro. Em trajetória de queda elas atingem os telhados das casas iniciando focos de incêndios por todo o lugar. Outras devem ter atingido alguns moradores ou soldados que gritam pelas ruas no interior da muralha. O caos começa. Os arqueiros ficam estáticos atirando desta posição sem cessar, produzindo uma chuva de flechas incendiárias que cobrem o céu estrelado. Enquanto os heróis, o restante da infantaria e os Irlandeses na vanguarda avançam. O som de grandes tambores começam a ecoar da parte de trás do exército de Logres marcando o ritmo da marcha. Os arqueiros inimigos ainda permanecem estáticos.
Batalhão de Invasão das Muralhas: 1200 homens
Batalhão de invasão do portão: 400 Cavaleiros e 200 infantes
Batalhão de reserva: 300 infantes romanos
Chegada aos muros:
O primeiro grupo a chegar nas muralhas são os mercenários Irlandeses. Os francos em cima do muro começam a disparar neles uma saraivada de flechas derrubando centenas destes. A Ordem dos Cavaleiros da Cruz caminham a quase um palmo do grupo de soldados que vão a sua frente. Nem é possível sacar uma arma neste espaço. O som é de gritos de incentivo, de dor e de metal e carne sendo perfurada. Finalmente há duzentos metros da muralha os heróis passam pelo fosso e estão ao alcance das flechas. O inimigo começa a disparar e o som dos projéteis assobiando no ar seguido pelos gritos agonizantes dos feridos são terríveis. Eles começam a pisar em um chão forrado de cadáveres e feridos agonizando na escuridão da noite.
Sir Elein: “Irmãos! Por Deus, as portas do inferno foram abertas!”
Sir Amig: “Usem os escudos! Protejam a cabeça!”
Sir Bag enorme vai cobrindo os dois Cavaleiros mais novos, Sir Berethor e Sir Hervis, com o seu escudo comprido, que se enche de flechas. Ao redor de vocês o chão vai virando um campo de morte e as flechas fincadas no chão e nos corpos deixam o a grama úmida de sangue.
As flechas vão caindo do céu. A medida que se aproximam a probabilidade de serem acertados vai ficando maior. Sir Algar é alvejado algumas vezes mas sua armadura e escudo o protegem. Apenas alguns cortes e escoriações são provocadas no corpo do cavaleiro. Enrick se assusta e sem ter muita experiência é alvejado algumas vezes pelas flechas inimigas. Com cortes nos braços e uma flecha que não enterrou muito fundo em sua clavícula o corajoso rapaz avança em meio a tempestade pontiaguda. Alguns poucos Irlandeses que sobreviveram a marcha, chegam na base da grande muralha de pedra e conseguem encostar algumas escadas. Eles tentam subir, mas algumas são jogadas de volta caindo em cima daqueles que vêem atrás. Uma dessas escadas despencam em Enrick e Sir Algar. O primeiro gira para o lado e escapa e o segundo fica parado e o vão entre os degraus passa por ele. As escadas que ficaram no lugar, pelo menos umas trinta, vão sendo usadas e vai aumentando o fluxo de soldados que as sobem. Vários são arremessados de volta lá de cima. Pedras são atiradas levando grupos de homens a caírem do alto de vinte metros até o chão ocasionando fraturas expostas graves e agonizantes. Alguns morrem instantaneamente quando caem de cabeça com a queda e outros porque estão feridos no chão e são pisoteados pelas tropas que avançam da retaguarda não podendo parar empurrados pelos homens que vêem pela retaguarda. Olhando ao redor todos os cavaleiros da ordem ainda estão de pé. Sir Bag não parece ter percebido mas tem uma flecha fincada funda no ombro. Sir Algar o avisa. Ele olha e arranca o projétil e testa se está tudo no lugar.
Sir Bag: “O que foi? Estou bem! Parecem minha mãe! Vamos subir ou não nesta porcaria?”
Subir as escadas:
Finalmente eles atingem a base da escada cheia de corpos dos irlandeses que tem que ser pisados para chegar ao primeiro degrau e começar a subi-los. Alguns deles se mijam muito ferido, outros tem fraturas expostas, outros ainda respiram muito queimados. Eles pedem ajuda mas não a tempo de ajudá-los. Em cima do muro uma imensa panela de azeite fervente é trazida por quatro homens e despejam o conteúdo para baixo levando dezenas de homens para o chão queimando-os. Alguns morrem instantaneamente e outros caem de joelhos com a pele queimada se descolando dos corpos. Os gritos de horror de seus corpos ardendo dentro das armaduras fumegantes deixam os homens ao redor apavorados. Um homem é cegado pelo líquido quente e coloca as mãos no rosto gritando. O óleo cai em cima de Algar e Enrick que ficam com seu corpos todo embaixo dos escudos os protegendo. Alguns pingos do azeite queimam levemente seus pescoços, mãos e braços. Enrick fica apavorado e tenta voltar. Sir Algar tenta ajudá-lo. Ele se afasta em choque dando as costas para a muralha. Uma flecha é disparada e passa raspando a cabeça de Enrick. Sir Algar ajuda o garoto a se recompor e tentar subir. Primeiro Algar começa a subida. Escorrega um pouco enquanto uma chuva de pedras e flechas caem sobe a sua cabeça. Uma flechada lhe atinge no pescoço em uma brecha de sua armadura. A dor, como uma queimadura, o deixa tonto, escorrega um pouco, mas retoma a subida até que chega no topo. Enrick depois de várias tentativas sendo ferido por pedras segue Algar e também chega ao topo. Quando atingem o passadiço no topo da muralha vêem nas três escadas ao lado os outros cavaleiros chegando. O Príncipe Madoc sobe seguido pelos outros Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo. Mas o último que subia é atingido por uma pedra fazendo-o perder o equilíbrio. É Sir Elein que escorrega da escada e fica pendurado com um grande corte na testa, para não cair daquela altura ele tem que largar sua espada e se segurar com as duas mãos.
Sir Elein: “Sigam em frente! Temos que ser rápidos, ou todos morrerão nos portões!”
Sem mais forças nos braços, o paladino primo de Sir Algar, despenca rolando pela escada e sumindo na multidão lá embaixo.
De 11 cavaleiros da unidade agora são 10.
Luta no topo com os defensores:
Finalmente estão no topo da muralha. As armaduras estão amaçadas, com escoriações e alguns queimaduras. Dali dá pra se ter uma visão do que está ocorrendo. Um mar com mais de mil soldados tentando conquistar as muralhas e incessantemente tentando subir as escadas. Os arqueiros inimigos atiram sem parar derrubando o máximo de soldados de logres. E estão conseguindo fazê-lo. À frente da muralha não se vê mais o chão. Somente corpos empilhados. Ao fundo pode se ver com o brilho das tochas quase quatrocentos cavaleiros e suas armaduras e de seus cavalos aguardando. Um grupo também com duzentos soldados da infantaria aguardam atrás. E em menor número os trezentos soldados romanos do Pretor Syarius. Pedras, azeite quente, flechas e machados são arremessados contra os homens que tentam se aproximar. Do outro lado da para se ver os telhados das casas. Muitas estão em chamas devido ao primeiro ataque dos tribuchets e flechas e os habitantes estão tentando controlar os incêndios. Cachorros, galinhas e cabras correm soltas em meio ao caos e devido a torre quadrada do lado esquerdo não é possível ver os portões dali. No chão em frente as casas estão posicionados soldados armados com alabardas, lanças, espadas, massas e manguais. Eles olham para cima acompanhando a luta. Quando um corpo de um soldado de Logres é derrubado lá de cima, ele comemoram. Os soldados que conseguiram chegar antes dos heróis já estão combatendo. A largura do topo da muralha é de uns sete metros. A luta ali é intensa e violenta. Vários corpos de inimigos misturados aos dos irlandeses ruivos e de cavaleiros jazem ali. O chão está coberto de sangue e entranhas. Alguns homens tentam se arrastar para os cantos dos muros, mas quem chega pelas escadas é obrigado a pisoteá-los.
Sir Amig: “Formar duas colunas! Uma de costas para a outra! Formar parede de escudo dupla! Um lado protegerá o outro.”
Príncipe Madoc: “Agora é uma questão de sobrevivência! Atenção!”
Sir Bag: “Não abaixem os escudos por nada neste mundo! Nossas vidas dependem disto!”
Sir Amig: “Golpeiem. Passo a passo! Um dois, um dois, um dois!”
1 cavaleiro para 2 inimigos
Então passo a passo lentamente a formação da ordem caminha em direção a porta da torre esquerda tentando abrir caminho entre a multidão de soldados aliados e inimigos. Sir Algar habilmente consegue estocar o primeiro inimigo. Ele contra ataca. Enrick acerta o capacete do primeiro inimigo que fica tonto. O segundo inimigo erra o golpe. Um quarto acerta a armadura de Algar que absorve o golpe. Com Gungnir Sir Algar vai estocando e matando até que somente sobra o inimigo de Enrick que leva mais dois golpes com o martelo do garoto no elmo até que perde a consciência e é perfurado pela lança de Sir Algar. No final da terceira hora de combate Jakin luta com dois manguais. Com uma arma ele arranca a espada do homem que lhe atacava enrolando a corrente do mangual e puxando e depois em um só movimento com as duas esferas com espinhos golpeia a cabeça do homem matando-o. Um cavaleiro de outra unidade que se mistura a unidade dos heróis é agarrado por trás pelo pescoço enquanto outro homem o golpeia com uma maça de guerra. A armadura se abre e o ventre exposto do cavaleiro é perfurado pelos espinhos de ferro da arma enquanto ele cospe sangue e depois é jogado ainda da muralha para o lado de dentro da cidade. A queda de vinte metros, no chão de paralelepípedo da cidade, quebra todos os seus ossos matando instantaneamente. Nenhum homem é perdido da Ordem nesta hora de combate.
Luta nas escadas:
Na quarta hora de combate finalmente eles aproximam-se da torre. Ao longo de toda a muralha frontal soldados e cavaleiros de logres conseguem subir. Aproximadamente setecentos homens realizam tal feito heróico. Muitos morreram aos pés da construção. Outros foram jogados lá de cima. O chão na frente das escadas estão repletos de corpos dos dois exércitos. Nas primeiras estimativas pelo menos quinhentos homens foram mortos ou feridos. Alguns muito queimados, com a carne pendurada nos ossos se arrastam até o beiral e se atiram para a morte para aliviar a dor. Finalmente os heróis chegam a porta da torre esquerda. Somente três homens conseguem lutar lado a lado na escadaria. São dois andares até lá embaixo. O interior é iluminado por tochas.
Sir Amig: “Somos dez homens. Algar, Madoc e Sir Dalan formar coluna. Sigam na vanguarda. Atrás deles de frente Enrick, Sir Dylan e Sir Bag. Jakin, Berethor e Hervis fiquem aqui e bloqueiem a porta e não deixem nem o vento passar por elas. Eu descerei logo atrás. Atenção total as ordens que darei para mudança de formação.”
Logo a frente um grupo de soldados francos vêem na direção oposta e congestionam a escadaria. Atrás seguem a linha com os três outros cavaleiros e Sir Amig.
Sir Dalan: “Morram desgraçados! Vamos ombro a ombro primo, pelos Herlews e por Elein!”
Sir Algar: “Pelos Herlews e por Elein!”
Enrick atrás pega o seu arco e prepara-se para atacar. Na pequena parede de escudos Sir Algar estoca acertando o tendão das pernas do franco que ao mesmo tempo leva uma flechada em seu olho. E cai rolando escada abaixo. O inimigo de Dalan acerta com o escudo no meio da cara do Cavaleiro. Ele coloca o pé à frente e consegue se manter de pé, mesmo com o nariz quebrado. Então com a espada menor na mão esquerda finge atacar a cabeça de seu oponente que instintivamente ergue o escudo expondo a barriga. Com um golpe da esquerda para a direita, com a outra mão, a armadura de couro é rasgada e ele ataca novamente com a outra mão enterrando a pequena espada no peito do franco que com um chiado do pulmão furado cai morto.
Sir Amig: “Trocar formação rápido! Enrick, mantenha-se atrás com o arco, está sendo bem útil! Fique aí mesmo Algar!”
Então Sir Algar permaneça à frente, Sir Dylan e Sir Bag vão à frente para enfrentar os próximos soldados inimigos.
Sir Danan fala atrás da linha para Enrick: “Droga, meu nariz está quebrado! As minhas mulheres não vão gostar disso!”
Sir Jakin: “Rápido aí embaixo, já derrubamos três linhas! Estamos ficando exaustos!”
Sir Amig: “Firme seus molengas! Se não aguentarem seremos atacados pelos dois lados.”
Sir Algar finge atacar na cabeça de seu inimigo, o homem protege mas é estocado com a Gungnir no peito. Ele abaixa o escudo com a dor e aí Enrick dispara seu arco e a flecha perfura o pescoço do franco que se afoga com o sangue e cai se debatendo no chão morrendo em seguida. Com raça e energia Sir Dylan ataca. O inimigo estoca com uma lança. Sir Dylan encurta a distância e golpeia cortando a arma do adversário. O inimigo golpeia mas a madeira do cabo da lança não causa nenhum ferimento devido a proteção de sua armadura. Sir Dylan o prende na parede com as costas enquanto protege à frente com o escudo, aciona um mecanismo no cabo da espada de onde sai uma lâmina que ele golpeia de costas esfaqueando o homem no estômago até ele cair morto. Sir Bag leva um golpe certeiro em seu elmo que mataria um boi. Ele abre com o impacto e irado somente, com um filete de sangue escorrendo de dentro da cabeça, empurra com toda a força o seu oponente com a mão em sua cabeça derrubando-o no chão. Ocorre neste momento um furo na linha que Sir Madoc assume rapidamente. Então Bag pega o pescoço do inimigo encaixado em seus antebraços e o quebra sem misericórdia. Rapidamente recua de costas ocupando o lugar de Madoc na formação tripla.
Os inimigos ficam aterrorizados e o pouco que restou da unidade inimiga corre para longe dali.
Luta nas ruas:
Então os poucos que restavam da unidade franca nas escadas recuam e saem correndo da torre. Agora os heróis estão no térreo, no interior da construção e por algum tempo podem respirar um pouco.
Sir Amig: “Bom trabalho garotos! Reagrupar! Desçam!”
Quando os cavaleiros que estavam na porta no segundo andar chegam ali embaixo eles estão bem feridos. Com cortes, contusões e com as armaduras e espadas quebradas em vários pontos. Atrás deles centenas de Cavaleiros, Soldados e mercenários Irlandeses os seguem.
Hervis: “Meu Príncipe! Foi o inferno! Mas deixamos uma montanha de corpos naquela porta maldita. Logo nossos homens se reagruparam atrás dos inimigos que estavam nos atacando e os francos foram dizimados lá em cima, atacados pelas costas!”
Príncipe Madoc: “Muito bem Cavaleiros! A única coisa que posso lhes prometer neste momento é que lá fora será o inferno. Tentarão nos matar de todos as maneiras meus amigos. Se recuarmos até o passadiço estaremos mortos. Ficaremos presos lá em cima até que de exaustão tombaremos mortos sem termos realizado nada. Mas, se avançarmos para as ruas e combatermos homem a homem teremos uma chance. Sei que é impossível todos chegarem ao dia de amanhã, não vou mentir. Mas aqueles que partirem serão lembrados pela boa terra de logres como heróis leais e honrados. Irei na frente sem medo e a única coisa que peço a vocês, leias súditos de meu pai, é que me sigam! Quem não estiver mais aqui no final de tudo, tome um bom caneco de Hidromel do outro lado do véu em honra daqueles coitados que ficaram nesta terra sofrida. Quem está comigo?”
Todos gritam empolgados.
Sir Amig: “Vocês ouviram o Príncipe homens! Atenção! Lhes darei uma passagem direta para o caos. No três senhores!”
“Um, dois, três! Atacar!”
Enrick, Sir Algar e os Cavaleiros da Ordem da Cruz passam pela porta correndo. O Príncipe Madoc e Sir Amig lideram o ataque. Eles vêem o céu escuro estrelado. Colunas de fumaça subindo. Vários corpos de soldados caídos com os membros contorcidos pela queda direta nas ruas de paralelepípedo. Dali da pra ver o enorme portão na esquerda e os mecanismo de abertura e os grandes contrapesos de pedra escura dos lados. Um mar de soldados enchem as ruas e aos gritos eles avançam na direção dos heróis.
Sir Berethor: “Teremos que abrir caminho até lá amigos! Esta vai ser dureza!”
Sir Amig: “O garoto tem razão. Precisamos de toda força possível. Temos homens presos nas escadas. Avançar em meia lua Cavaleiros da Ordem da Cruz, fecham o perímetro ao redor da torre, vamos descongestionar as escadas. Matem a vontade! Soldados desçam e juntem-se a formação, atacar e dar um passo à frente, atacar e dar um passo à frente! Abrir a formação devagar. Vamos!”
Sir Algar soa o chifre de ouro e o som atinge os inimigos que ficam perdidos. Agora usando o martelo Enrick golpeia na lateral do corpo de seu inimigo quebrando suas costelas e rompendo alguns órgãos vitais. O segundo o inflige danos com a espada. Enrick já tem vários ferimentos mas aguenta firme. Então em uma investida habilidosa o garoto impressiona os cavaleiros veteranos. Ele desequilibra seu inimigo com um golpe na parte de trás da perna e o homem desequilibrado gira e Enrick golpeia no meio da testa do inimigo e depois no maxilar arrancando dentes e quebrando ossos. Todos riem satisfeitos com o feito do garoto. Sir Algar atinge o centro do rosto de um inimigo desfigurando-o e o segundo é atingido com o centro de ferro de seu escudo redondo quebrando a face do franco que cai de quatro enquanto tem a lança enterrada do topo do crânio até sair por baixo do seu corpo. No final da quinta hora de combate, já é por volta das três horas da manhã. Todos estão exaustos e muito cansados. As armas já não funcionam com tanta eficiência. Os músculos estão cansados e as armaduras amassadas. Sir Hervis apara o golpe com sua espada mas o seu inimigo faz o mesmo movimento. Os dois medem forças o segundo adversário lhe atinge a perna fazendo Hervis se desequilibrar. Mas ele golpeia os joelhos do inimigo que cai com uma das pernas amputada gritando de dor. O outro vem o atacar e Hervis caído não consegue se defender e vê somente uma espada sair pela barriga do franco. É Sir Amig nas costas do inimigo salvando o jovem Cavaleiro.
Sir Amig: “Se concentre garoto ou vai ser você a fazer o brinde no Vahalla que o Príncipe falou!”
Neste momento Sir Amig leva uma flechada que fura a sua armadura entrando pelo lado direito do peito e saindo pelas costas. Logo vem outra e lhe atinge a perna. Sir Amig se ajoelha e derruba a espada. Um grupo de arqueiros, próximos aos portões, com o brasão do Espantalho atiram.
Sir Amig: “Desgraçados! Atenção homens, formar coluna única. Comandantes de Logres fechem o flanco esquerdo. Marchem! Não se aproximem de mim. Não comprometam a missão. Centenas morreram se não agirem agora. Abram estes portões amaldiçoados!”
E Sir Amig desaparece por entre as tropas que se deslocam para o flanco esquerdo.
Sir Dylan: “Pai! Meus deus!” Com lágrimas nos olhos seu braço que leva a espada e o outro o escudo fraquejam enquanto flechas passam zunindo pela sua cabeça.
Sir Algar o protege com seu escudo e corre contra as flechas.
Príncipe Madoc: “Comigo homens! Paredes de escudos! Aos portões. Por Sir Amig!”
No final da quinta hora de combate eles estão em 9 cavaleiros.
Na sexta hora vendo o movimento que fizeram em direção aos muros. Uma unidade da tropa da cidade cede e recua para a frente do portão. Eles estão apavorados e acuados devido a aproximação mas mesmo assim se colocam entre o grupo e a porta principal. Os arqueiros avançam corajosamente. Neste momento os heróis escutam um estrondo e vêem o portão tremer. Do outro Sir Elad já está atacando com aríete. Eles também percebem arqueiros e soldados atacando as tropas do lado de fora com flechas incendiárias, pedras e óleo quente. Uma grande coluna de fumaça levanta em direção ao céu do outro lado da muralha. Os gritos do lado de fora indicam que as perdas são grandes. O flanco que formava uma parede permitindo o ataque aos portões dos heróis, que barrava as unidades inimigas agora se misturou com o inimigo. O combate nas ruas está violento e equilibrado. Mil e quinhentos homens duelam inundando as ruas. Neste momento tudo depende da queda do portão.
Príncipe Madoc: “Peguem os arqueiros! Matem todos!”
As flechas caem sobe Algar. Uma passa raspando pela sua cabeça e outra fica em seu escudo. Assustado o arqueiro dá as costas para Sir Algar tentando correr mas é perfurado pelas costas e a ponta da arma sai pela frente de seu peito matando-o instantaneamente. Os outros Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo também atacaram os arqueiros. Todos correram contra as flechas protegendo-se com os escudos e golpearam os arqueiros tirando-lhes a vida. Mas Sir Berethor se distrai por um centésimo de segundo e leva uma flechada na barriga e cai desmaiado de bruços segurando a flecha e sangrando. O homem que o acertou se ajoelha pedindo piedade mas Sir Jakin se aproxima do arqueiro e com os dois Manguais ao mesmo tempo golpeando o rosto do homem o manda direto para o inferno.
Neste momento a unidade é composta por oito cavaleiros.
Príncipe Madoc, Sir Algar, Enrick, Sir Jakin, Sir Dylan, Sir Bag, Sir Danan e Sir Hervis.
Vencendo o combate, soldados e cavaleiros de logres, pelo menos quinhentos que ainda lutam de pé, rompem as linhas inimigas matando quase todos e os seguem, eles gritam e seus olhos estão repletos de ódio. Menos da metade deste número defende o portão desesperadamente.
Sir Dylan: “Pelos nossos companheiros que tombaram vamos estripá-los estes malditos vivos!”
E um mar de soldados e cavaleiros de logres e francos se enfrentam em um último esforço. Então no momento decisivo, lembrando das imagens horríveis dos homens sofrendo e morrendo, de seus irmãos de armas tombando nas ruas de Bayeux, a visão fica como um túnel focando só nos inimigos. O frenesi da batalha é sentido e tudo começa a ficar em câmera lenta onde os movimentos começam a fluir naturalmente e as armas ceifam vidas sem piedade. Os guerreiros parecem antecipar os movimentos de seus oponentes. Eles parecem lentos para os Cavaleiros da Ordem.
Príncipe Madoc: “Vamos! Falta pouco! Matar ou morrer! Força e honra! Comecem a carnificina!”
E ele corre de encontro aos francos que protegem o portão. O Príncipe Madoc ataca com a guarda aberta mas com tamanha fúria, empunhando a sua espada e atirando seu escudo, que os soldados inimigos recuam um passo assustados. Enrick corre deixando escudo e martelo para trás. Sir Algar golpeia com o cabo da lança o rosto de seu inimigo que tenta revidar, o demônio do norte desvia da espada do franco que está tonto com o golpe. Ele cai de joelhos Sir Algar o pega pelos cabelos e enfia a ponta da Gungnir no pescoço do homem arrancando-lhe a cabeça. Ele atira para o lado nos outros inimigos que se encolhem apavorados. Enquanto Enrick devido a curta distância para usar o arco retira uma flecha da alijava e a utiliza como arma de perfuração, abrindo a jugular de seu inimigo matando-o. O caminho está aberto. Então Sir Algar vai em uma alavanca de um lado do portão e Enrick vai em outra do lado oposto. Eles tentam juntos acionar o mecanismo mas não conseguem. Com o fracasso uma unidade franca surge por entre as casas. Enrick dispara mais uma flecha no coração de um homem. Eles tentam novamente abrir o portão até que finalmente conseguem acionar as alavancas simultaneamente e as roldanas, com correntes que passam por contra pesos de pedras presos de cada lado pendentes, descem e os dois gigantescos portões de pedra com a carranca assustadora são abertos. Neste momento eles vêem centenas de corpos de cavalos e cavaleiros caídos com o brasão de logres do lado de fora. O aríete em chamas com corpos carbonizados caídos ao redor. Mas então uma torrente de soldados e cavaleiros liderados por Sir Elad e o Pretor Syagrius surgem da escuridão e invadem a cidade como uma maré humana matando tudo que lhes cruzem o caminho. Sir Elad e seus homens estavam sendo dizimados tentando derrubar a porta com o aríete sem sucesso, os que conseguiram sobreviver aquele inferno são os primeiros a cruzarem o portão. A maior parte do inimigo foge por entre as ruas. Uma parte da população local escondidas nas casas saem e tentam fugir. Muitos são assassinados imediatamente. Crianças, mulheres, crianças e adultos amontoam-se pelas ruas sem vida.O saque começa.
Nenhuma unidade inimiga aparece pra enfrenta-los. Ou fugiram ou foram mortos. Então o Príncipe Madoc chama um arauto.
Príncipe Madoc: “Certifiquem-se de que os soldados inimigos estejam mortos. Não façam prisioneiros e mandem os servos recolherem os feridos e os levem para as tendas nas colinas para receberem os cuidados necessários. Homens! É pra isso que viemos! Como prometi a vocês, iniciem o saque! Pilhem à vontade!”
Os soldados e mercenários sobreviventes comemoram e começam a invadir as casas atrás de dinheiro e diversão.
Príncipe Madoc: “Lutaram bem meus amigos! Luta dura! Estão liberados para saquearem e garantirem o inverno. Preciso organizar e ajudar a assistência para todos esses homens feridos e o transporte dos corpos de nossos heróis. A primeira contagem é de que mil homens nossos tombaram. São quatrocentos feridos e seiscentos mortos. Estes muros foram letais para nós. Com licença amigos.”
Sir Algar: “Mas o Pretor aceitará que saqueemos tudo?”
Príncipe Madoc: “Que se satisfaça com as pedras da cidade!”
Sir Danan fala: “Pois é primo parece que esses portões eram amaldiçoados mesmo.”
Sir Danan, Jakin, Enrick, Sir Dylan, Sir Bag e Sir Hervis se aproximam. Todos estão em frangalhos. As armaduras estão rasgadas e quebras em diversos pontos. Sangue coagulado no rosto e nos cabelos. Estão muito suados. As lâminas estão quebradas avariadas. Os cortes, queimaduras e hematomas começam a doer com a baixa da adrenalina. Os músculos estão exaustos. Provavelmente alguns ossos quebrados nas mãos. Ou uma costela trincada. Nada sério perto do inferno que foi esse combate.
Sir Berethor: “Quais são as ordens senhores?”
Sir Algar: “Estão livres para saquear homens!”
Os Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo se dispersam. Sir Algar e Enrick começam a invadir as casas e igrejas. Encontram muitas libras mas evitam causar mais mortes. O cavalo usado para carregar o saque, pego na casa de um comerciante, está abarrotado de botins e bebidas. Enrick pega um falcão que achou em uma habitação.
A doca no interior da cidade de Bayeux está lotada de soldados e marinheiros. A maioria está bêbada. O canal que leva do interior do mar ao lado da cidade é desobstruído. Alguns cavaleiros protegem o saque. Sir Algar e Enrick Stanpid estão na praça central da cidade por volta do meio dia observando aquelas milhares de pessoas revirando corpos, recolhendo objetos de valor, levando os corpos para serem queimados fora das muralhas. Os corpos começam a cheirar e centenas de corvos e aves marinhas se banqueteiam. O príncipe se aproxima e senta no chão junto com eles e traz três garrafas de hidromel e lhes serve.
Príncipe Madoc: “É amigos que noite, hein? Isso que eu chamo de batismo de fogo Enrick. Mas lutou muito bem garoto. E os nossos que tombaram não foram achados ainda. Espero que estejam vivos. Sir Amig, Berethor e Elein são grandes homens. Bebamos a eles! Uma grande batalha forjada pela força de Logres! Quanta morte e tanta dor pelo capricho deste Pretor. Que desperdício. Glória coberta por sangue!”
Cavalgando com sua escolta composta de vinte homens muito bem vestidos e armados, o pretor Syagrius desce de sua montaria dramaticamente vem até o príncipe e nem espera Madoc levantar e diz: “A batalha nos espera, os francos marcham para Rouen. Vamos com seu exército achá-los e destruí-los como o seu pai me jurou.”
Sentado no chão Madoc nem se dá o trabalho de levantar com um dos olhos fechados pela claridade olhando pra cima ele responde: “Não iremos, temos inimigos em nossas fronteiras, traidores no oeste. Quem jurou foi meu pai não eu seu petulante. Não basta as milhares de vidas que perdemos e tiramos em seu nome? Partiremos na próxima maré seu egocêntrico! Saia daqui antes que lhe dê uma lição na frente de seus homens!”
Syagrius somente balança a cabeça e com ódio, saindo lágrimas de seus olhos cheios de raiva diz:
Pretor: “Espero que nos vejamos em breve!”
Madoc: “Eu também!”
O romano sobe em seu cavalo e parte com sua escolta.
O príncipe olha pra vocês e dá um riso irônico.
Sir Algar: “Muito bem meu Príncipe!”
Os barcos vão sendo carregados com pilhagem, cavalos, cavaleiros, escudeiros, guerreiros feridos e mulheres capturadas. Três dos dez barcos estão sendo usados somente para transportar a grande quantidade de corpos. Quando escutam uma voz conhecida. Sir Amig está com só a parte de baixo da armadura e sem camisa. Todo o dorso está enfaixado e a sua perna está incapacitada. Leva uma garrafa de hidromel nas mãos. Carregam-o numa maca.
Sir Amig: “Cuidado seus idiotas! Vocês acham que sou um pedaço de carne. Se estivesse de pé enfiaria sua cabeça dentro de seu traseiro e levaria uma semana para o físico do Conde tirar ela lá de dentro. Me coloque no víbora seus idiotas, não vou em nenhum barco de feridos. Olá garotos! Conseguimos então! Consegui golpear ainda ajoelhado dois francos. Um ficou sem joelho e outro sem os bagos. Depois da nossa linha do flanco direito se formar me arrastei para dentro da torre e depois para cima das muralhas onde já não tinha ninguém lutando. Fiquei esperando entediado no meio dos cadáveres me fingindo de morto para nenhum inimigo me mandar para o inferno e torcendo para não sangrar que nem um porco por causa das flechas. Mas deu tudo certo no final.”
Logo atrás Sir Elein vêm carregado por dois serviçais de cada lado. Ele está enfaixado com os braços e pernas quebradas.
Sir Elein: “Olá primo! Que queda, hein? Nem tive oportunidade de matar nenhum franco. Mas a vontade de Deus ninguém pode adivinhar. Estou queimado e quebrado mas acho que tenho concerto. Só pode ter alguém olhando por mim. Caí de vinte metros de altura, pedras caíram sobre mim, óleo fervente. Fui pisoteado pelos nossos soldados até que perdi a consciência e acordei vivo nas tendas de socorro. Mas,o importante é ter servido nosso bom Rei Uther!”
Almirante Gwenwynwyn: “Todos a bordo!”
Após todos embarcarem a esquadra real de Logres composta por onze barcos parte com a primeira leva de soldados, cavaleiros, corpos, feridos e saques. A primeira das diversas viagens que farão para transportar todos para a ilha novamente. Grandes colunas de fumaças erguem-se para o céu. O dia está ensolarado. Do alto mar os heróis de Logres vêem a costa em chamas.
Sir Amig diz sentado no deque superior do Víbora do Mar com a perna enfaixada e com cara de enjoado: “Ah o mar! As gaivotas, as ondas! O cheiro de maresia!” Então ele fica branco e vomita no mar. Limpa a boca “Me levem de volta para o alto das muralhas no meio dos cadáveres e me deixem lá.”
Príncipe Madoc: “Cavaleiros! Vocês caminharam para o ponto mais duro do combate com bravura. O custo desta megalomania de Syagrius levou muitas vidas. Apesar de um tentar poupá-las ao máximo. Berethor está desaparecido e muitos homens de valor não estão mais conosco. Mais uma vez obrigado! Enrick Stanpid, para um rapaz criado em uma fazenda lutou como um verdadeiro filho de Odim, se não fosse sua ajuda talvez estaríamos no barco de cadáveres uma hora dessas. Sir Algar. Quem o chama de demônio do norte não sabe o que está falando. Você é o Demônio das Britânia e tenho orgulho de dizer que lutei ao seu lado. Conte comigo para desafiar seu irmão Sir Odirsen II. Ergam suas espadas bravos Cavaleiros da Ordem da Cruz do Martelo. (Sir Amig pede uma espada sem conseguir se levantar com a perna enfaixada e aos berros logo obtém uma). Lealdade, força e honra!”
E todos os cavaleiros repetem em uma só voz com orgulho o lema da Ordem criado pelo Príncipe Herói: “Lealdade, força e honra!”
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Gostei, melhorou desde quando comecei a ler.
ResponderExcluirvlW (y)